quinta-feira, 31 de maio de 2007

SEXTA TEM MARATONA!


PROGRAMAÇÃO


23h ABERTURA DO CINEMA


23h20 PARIS, TE AMO

(Paris, Je T'Aime) 120 min. 16 anos.

Filme de episódios dirigidos por: Olivier Assayas, Frédéric Auburtin, Emmanuel Benbihy, Gurinder Chadha, Sylvain Chomet, Ethan Coen, Joel Coen, Isabel Coixet, Wes Craven, Alfonso Cuarón, Gérard Depardieu, Christopher Doyle, Richard LaGravenese, Vincenzo Natali, Alexander Payne, Bruno Podalydès, Walter Salles, Oliver Schmitz, Nobuhiro Suwa, Daniela Thomas, Tom Tykwer, Gus Van Sant Com: Marianne Faithfull, Gaspard Ulliel, Steve Buscemi, Catalina Sandino Moreno, Javier Cámara, Sergio Castellitto, Miranda Richardson, Leonor Watling, Juliette Binoche, Willem Dafoe, Nick Nolte, Ludivine Sagnier, Maggie Gyllenhaal, Fanny Ardant, Bob Hoskins, Elijah Wood, Emily Mortimer, Natalie Portman, Gérard Depardieu, Ben Gazzara, Gena Rowlands

PRÉ-ESTRÉIA.


2h30 TODAS AS MULHERES DO MUNDO

de Domingos de Oliveira. 86 min. 16 anos

Com Leila Diniz, Paulo José, Flávio Migliaccio, Joana Fomm, Ivan de Albuquerque. Melhor Filme, Diretor, Ator, Estória e Diálogos no Festival de Brasília 1967 Paulo (Paulo José) vive paquerando as belas mulheres das praias cariocas. Certo dia, esse sedutor profissional acaba encontrando o verdadeiro amor ao conhecer Maria Alice, jovem professora interpretada por Leila Diniz. A partir daí, ele enfrenta o dilema de desistir de "todas as mulheres do mundo" para viver com uma só.

4h30 O BALCONISTA 2

(Clerks 2), de Kevin Smith. 97 min. 16 anos.

Com Brian O'Halloran, Jeff Anderson, Jason Mewes, Kevin Smith, Ben Affleck. Melhor Filme pelo Público do Festival de Edimburgo, Inglaterra. Dez anos depois do primeiro filme, saberemos o que aconteceu com Dante (Brian O'Halloran), o balconista da loja de conveniência Quick Stop, e Randal (Jeff Anderson), funcionário da videolocadora ao lado.

PRÉ-ESTRÉIA.

CAFÉ COM BOLO do Ateliê Culinário

no término da Maratona


E AINDA

Nos intervalos, DJ JORGE LUIZ.


Ingresso

inteira R$20,00 / meia R$10,00

SÓ SERÃO VENDIDOS INGRESSOS MEIA-ENTRADA MEDIANTE A APRESENTAÇÃO DE DOCUMENTAÇÃO NO ATO DA COMPRA QUE COMPROVE O DIREITO.


ODEON BR

Pça. Floriano, 7 - Cinelândia

Tel.: 2240-1093





NÃO PERCA NO LAURA ALVIM!


SINOPSE DOS FILMES




A COLECIONADORA


(La collectionneuse/The collector)

França, 1967

Adrien viaja para uma pequena cidade à beira do Mediterrâneo, onde aluga uma pequena casa. Está de férias e não quer fazer absolutamente nada. Ele divide o aluguel com seu amigo Daniel e Haydée, uma garota desconhecida que tem uma porção de amantes. Num primeiro momento, tanto Adrien como Daniel não dão muita bola para ela. Mas quando Adrien dá sinais de que está se sentindo atraído, tudo começa a mudar.




AMOR À TARDE


(L’amour l’aprés midi/Love in the afternoon)

França, 1972

Último dos "Seis contos morais" de Rohmer. Frederic leva uma tranqüila vida burguesa: é sócio de um pequeno escritório parisiense e se considera feliz no casamento com Helene, uma professora com quem acaba de ter o segundo filho. Todas as tardes, no entanto, ele sonha com outras mulheres, ainda que sem qualquer intenção de passar do pensamento à ação. Certo dia, Chloe, ex-amante de um grande amigo, aparece no seu escritório. Ela passa a fazer visitas regulares, sempre como amiga. Até o dia em que parte para a sedução, provocando um dilema moral em Frederic.




CONTO DA PRIMAVERA


(Conte de printemps/A tale of springtime)

França, 1990

Jeanne é uma professora de filosofia um tanto temperamental, mas de espírito aberto. Seu noivo está viajando e ela não quer ficar no apartamento dele. Como alugou seu próprio apartamento para um primo, ela termina aceitando o convite de Natasha, uma estudante de música que conheceu numa festa, para dormir na sua casa. Ela se instala no quarto de Igor, o pai de Natasha, que por sua vez passa todas as noites com a namorada. Natasha conta a Jeanne a história do sumiço de seu colar e da suspeita de que a namorada do pai o tenha roubado. Mais tarde, todos se encontram num jantar, na casa de campo de Igor, onde confusões serão desbaratadas e suspeitas, esclarecidas.




CONTO DE INVERNO


(Conte d’hiver/A winter’s tale)

França, 1992

Durante as férias de verão, Felice e Charles mantiveram um romance passageiro, ainda que sério. Uma confusão com os endereços fez com que eles perdessem contato. Cinco anos depois, Felice está morando em Paris, com sua mãe e uma filha, uma lembrança daquele verão. É inverno, o Natal está próximo, e Felice se divide entre o relacionamento com o cabeleireiro Maxence e o intelectual Loic. Mas, na verdade, ela não consegue se comprometer com nenhum dos dois, talvez porque a memória de Charles e a idéia do que poderia ter acontecido se não tivessem perdido contato ainda pairem acima de tudo. Vencedor do Prêmio da Crítica e do Prêmio do Júri Ecumênico no Festival de Berlim de 1992.




CONTO DE OUTONO


(Conte d’automne/Autumn tale)

França, 1998

A viúva Magali, de 45 anos, é uma produtora de vinho no Sul da França. Isabelle, sua melhor amiga, resolve encontrar um novo marido para Magali: põe anúncio num jornal local e até encontra Gérald, um homem decente. No casamento da filha de Isabelle, Magali conhece Gérald. Mas o problema é que na mesma ocasião ela também conhece Etienne, um outro homem. Vencedor do prêmio de melhor roteiro no Festival de Veneza de 1998.




CONTO DE VERÃO


(Conte d’été/A summer’s tale)

França, 1996

O jovem Gaspard viaja até o balneário francês de Dinard, na Bretanha, para encontrar Lena, a garota por quem está apaixonado. Pouco depois de sua chegada, ele conhece Margot, que trabalha como garçonete na creperie de sua tia. Os dois ficam amigos e passam um longo tempo juntos. Conversando com Margot, Gaspard fala de Lena, mas hesita em contar toda a verdade sobre a natureza do seu relacionamento com ela. Talvez porque ele mesmo já não esteja tão convicto de seu amor.




A ÁRVORE, O PREFEITO E A MEDIATECA


(L’arbre, le maire, et la mediathèque/The tree, the mayor and the mediateque)

França, 1993

Em 1992, o prefeito socialista de uma pequena cidade francesa, com a ajuda de seus contatos em Paris, consegue dinheiro para construir uma grande casa multimídia, que, ele acredita, será a grande vedete de sua administração. Mas o Partido Socialista perde a maioria nas eleições parlamentares. E esse não é o único dos infortúnios que se sucedem, atrapalhando os planos do prefeito e impedindo a construção de sua "mediateca".




A PADEIRA DO BAIRRO


(La Boulangère De Monceau/The Girls At The Monceau Bakery)

França, 1962

Um jovem estudante parisiense se sente atraído por uma garota que ele vê todos os dias na rua, mas não consegue se aproximar dela. Quando finalmente toma coragem para abordá-la, a garota desaparece. Durante várias manhãs, ele resolve fazer plantão, na esperança de encontrá-la mais uma vez. Enquanto espera, ele passa a freqüentar uma padaria, onde compra algumas guloseimas. No cumprimento de seu ritual diário, acaba conhecendo a jovem atendente da padaria. Este é o primeiro filme da série seis contos morais.




A CARREIRA DE SUZANNE


(La Carrière De Suzanne/Suzanne`S Carreer)

França, 1963

bertrand e gillaume são universitários de paris. bertrand observa, sem nada fazer, seu amigo gillaume se aproveitar descaradamente de uma jovem inocente chamada suzanne. ele não sabe a quem despreza mais: suzanne, por se deixar enganar, ou gillaume, por suas atitudes cruéis. quando começa a suspeitar de que suzanne está interessada nele, bertrand não corresponde. na verdade, ele está interessado em outra mulher, sophie, apesar de ela não lhe dar a menor bola. este é o segundo dos seis contos morais de eric rohmer.




O CASAMENTO PERFEITO


(Le Beau Mariage/A Good Marriage)

França, 1982

sabine, uma estudante de artes de 25 anos, está tendo um relacionamento com um homem casado, simon. quando se dá conta de que simon jamais vai deixar sua mulher, sabine decide romper o romance e procurar um homem para se casar. numa festa de casamento, sua amiga clarisse a apresenta a um advogado mais velho, edmond. nesse mesmo instante, sabine decide que edmond será seu marido, mas ele vai embora antes mesmo que possam conversar direito. obcecada com a idéia, sabine passa a telefonar para simon insistentemente, sem fazer idéia de que ele não está nem um pouco interessado em se casar. segundo filme da série comédias e provérbios. indicado ao prêmio césar de melhor roteiro.




MINHA NOITE COM ELA


(Ma Nuit Chez Maud/My Night At Maud’s)

França, 1969

Jean-Louis é um católico devoto que descobre sua parceira ideal, françoise, durante uma missa. ele se encontra com um velho amigo, vidal, que o convida para conhecer sua namorada, a recém-divorciada maud. depois de passarem uma animada noite juntos, discutindo religião e filosofia, vidal volta para casa, deixando jean-louis e maud juntos. terceiro filme da série seis contos morais. foi indicado ao oscar de melhor roteiro e de melhor filme estrangeiro.




NOITES DE LUA CHEIA


(Les Nuits De Pleine Lune/Full Moon In Paris)

França, 1984

Louise, uma jovem que recentemente terminou seus estudos de artes, trabalha como estagiária numa firma de decoração de interiores. ela mora com o namorado rémi, num apartamento num subúrbio de paris. rémi quer se casar, mas louise hesita, pois acredita que vai perder a liberdade. ela começa, então, a passar parte do tempo em seu apartamento no centro de paris, acreditando que sua atitude vai fortalecer a relação. mas as coisas não saem como planejado. entediada com o cotidiano solitário em paris, ela passa a se encontrar com freqüência com um amigo escritor, otávio, ao mesmo tempo que flerta com um jovem músico, bastien. quarto filme da série comédias e provérbios, recebeu cinco indicações ao prêmio césar e venceu o prêmio de melhor atriz (para pascale ogier) no festival de veneza.




O AMIGO DA MINHA AMIGA


(L’ami De Mon Ami/My Girlfriend’s Boyfriend)

França, 1987

último filme da série comédias e provérbios. num subúrbio de paris, blanche, uma jovem balconista, conhece lea, uma técnica em computação. as duas ficam amigas. lea está namorando firme com fabien, mas blanche está sozinha já há algum tempo. quando blanche conhece um belo engenheiro chamado alexandre, apaixona-se instantaneamente. mas depois que lea rompe com fabien, este começa a demonstrar forte interesse por blanche. instala-se a confusão. indicado ao prêmio césar de melhor roteiro e melhor atriz revelação (sophie renoir).




O RAIO VERDE


(Le Rayon Vert/The Green Ray)

França, 1986

delphine, uma secretária parisiense, não sabe o que fazer depois que sua companheira de férias desiste da viagem duas semanas antes da partida. ela não quer viajar sozinha, mas está sem namorado e tampouco tem facilidade para fazer novas amizades. uma velha amiga a leva para cherbourg, mas alguns dias depois, arrependida, delphine volta para paris. ela tenta os alpes, mas também desiste. a terceira e última viagem de delphine é para a praia, onde ela conhece swede, uma amizade que parece promissora. de repente, no entanto, delphine desanima e resolve tomar o trem de volta para paris outra vez. enquanto espera na estação, o olhar de um jovem cruza com o seu, o que vai fazer delphine pensar em ficar. vencedor do leão de ouro no festival de veneza.




QUATRO AVENTURAS DE REINETTE E MIRABELLE


(4 Aventures de Reinette et Mirabelle/ The Four Adventures of Reinette and Mirabelle)

França 1987

Reinette e Mirabelle são duas belas jovens: a primeira mora no campo, a segunda em Paris. Elas se encontram durante as férias de Mirabelle no campo, quando Rinette a ajuda a consertar sua bicicleta e mostra para ela as belezas locais. As duas se entendem tão bem que decidem dividir um apartamento em Paris, já que, em breve, estarão começando os estudos na universidade. Mas não é tão fácil morar junto quando os temperamentos são tão diferentes. Reinette é simples e otimista, enquanto Mirabelle é preguiçosa e baixo-astral.




PAULINE NA PRAIA


(Pauline à la Plage/ Pauline at the beach)


França 1983

Pauline tem 15 anos. Ela parte com sua prima mais velha, Marion, para a costa francesa do Atlântico, onde vão passar as férias de outono. Lá, Marion encontra um velho amigo, Pierre, que se sente muito atraído por ela. Mas Marion prefere ficar com o aventureiro Henri, apesar de saber que a relação não terá futuro. Enquanto isso, Pauline mantém um romance com o adolescente Sylvian. Quando Henri usa Sylvian para se livrar de uma encrenca que arrumou com Marion, acaba estragando o namoro de Pauline. Terceiro filme da série Comédias e provérbios, ganhou o prêmio de melhor diretor e o prêmio da crítica no Festival de Berlim.




A MULHER DO AVIADOR


(La Femme de l’Aviateur/ The Aviator’s Wife)


França, 1980

Certa manhã, François, um funcionário dos correios, resolve fazer uma visita-surpresa à sua namorada Anne, mas vê um homem saindo do apartamento dela e volta para casa. Mais tarde, nesse mesmo dia, quando François pergunta quem era aquele homem, Anne não responde. Ele, na verdade, é um ex-namorado de Anne, um piloto de avião chamado Christian que veio se despedir, pois estava voltando definitivamente para sua mulher. Quando François encontra Christian caminhando na rua com outra mulher, resolve segui-los. No caminho, encontra Lucie, uma estudante de 15 anos de quem fica amigo. Juntos, resolvem decifrar o mistério. Primeiro filme da série Contos e provérbios.




A MARQUESA d'O


(Die Marquise Von O/ The Marquise of O)

França-Alemanha, 1976

A marquise D’O é uma viúva cujo pai comanda uma praça de guerra na Lombardia. Essa praça é tomada de assalto pelos russos. Enquanto os soldados se preparam para violentar a Marquise D’O , um Tenente coronel russo, o Conde F, a resgata levando-a para uma ala do castelo que ainda não havia sido incendiada. Mas, ao chegar lá as intenções do Conde manifestam-se cotrária as expectativas criadas pelo diretor.




O SIGNO DO LEÃO


(Le Signe du Lion/ The Sign of Leo)

França, 1959

Pierre Wesselrin, um músico parisiense, recebe um telegrama informando-o de que sua tia rica morreu. Como ela tinha apenas dois parentes vivos, Pierre pressupõe que herdará sua fortuna, e convida seus amigos para uma festa celebrando a boa notícia. No dia seguinte, Pierre descobre que foi deserdado e que seu primo, que considera um idiota, ficou com toda a herança. Sem um tostão, ele é expulso de seu apartamento, e como seus amigos estão todos em férias ou viajando a trabalho, ele é obrigado a dormir na rua. Primeiro longa-metragem de Rohmer.




O JOELHO DE CLAIRE


(Le Genou de Claire/ Claire’s Knee)

França, 1970

Jerome, um sofisticado diplomata, passa suas últimas férias de solteiro às margens do lago Annecy. Lá, encontra a escritora italiana Aurora, uma velha amiga que alugou um quarto na ampla casa de uma senhora e suas duas filhas adolescentes, Laura e Claire. Aurora chama a atenção de Jerome para o fato de que Laura está flertando com ele, e encoraja um último namoro antes do casamento. Mas na verdade Jerome se interessa por Claire, e desenvolve um desejo obsessivo de acariciar seu joelho. Quinto filme da série Seis contos morais, vencedor da Concha de Ouro do Festival de San Sebastian e indicado ao Globo de Ouro de melhor filme estrangeiro.




A INGLESA E O DUQUE


(L’Anglaise et le Duc / The Lady and the Duke)

França, 2001

Grace Elliot é uma jovem aristocrata escocesa que vive em Paris durante a Revolução Francesa e teve um romance com o Duque de Orléans, primo do rei da França. O relacionamento dos dois é bastante complicado e, quanto mais os acontecimentos políticos se agravam, mais se torna complexo. Grande defensora da monarquia, Grace não é capaz de conciliar seus sentimentos com as escolhas políticas do duque, partidário da morte do monarca. Esse dilema complica a situação da moça, que corre o risco de ser condenada à guilhotina, acusada de ser espiã da Inglaterra, grande inimiga da Revolução.





SOBRE O DIRETOR




Dos cineastas da Nouvelle Vague francesa, Eric Rohmer talvez seja o de trajetória mais coerente. O rigor formal e o uso constante do mesmo grupo de atores torna seus filmes não apenas fáceis de identificar, mas sobretudo interligados. Não por acaso, Rohmer filmou muitas histórias unidas em blocos temáticos, e uma retrospectiva como esta é a melhor chance de vê-las em conjunto, como uma obra de fato.




Eric Rohmer nasceu Jean-Marie Maurice Scherer, em abril de 1920, na cidade de Nancy, na França. Começou a trabalhar como jornalista. Foi também professor de literatura. Nos anos 1950, passou a freqüentar a Cinemateca de Paris, onde conheceu Jean-Luc Godard, François Truffaut, Jacques Rivette e Claude Chabrol. Logo juntou-se ao grupo que, primeiro na crítica, depois na realização, revolucionou o cinema francês com a Nouvelle Vague.




Ao contrário de Godard e Truffaut, que ganharam reconhecimento instantâneo com seus filmes de estréia (respectivamente Acossado e Os incompreendidos), Rohmer viu fracassar seu primeiro longa, O signo de Leão (1959). Em seguida, porém, deu início à primeira série temática, os Seis contos morais, cujos filmes começaram a solidificar sua reputação como um observador do cotidiano e sutil comentarista dos relacionamentos homem-mulher.




Com o quarto filme dos Contos morais, Ma nuit chez Maud (1969), Rohmer obteve reconhecimento internacional e recebeu duas indicações ao Oscar (melhor filme estrangeiro e melhor roteiro original). Depois de encerrar a série com Amor à tarde [L’amour l’aprés midi] (1972), ele promoveu uma aparente guinada na carreira, dirigindo dois estudos de "filme de época": A marquesa D’O [TDie Marquise Von O] (1976) e Perceval, le galois (1978). Em seguida, deu início à série Comédias e provérbios, à qual se dedicou durante quase toda a década de 1980. Com O raio verde (1986), o quinto capítulo das Comédias e provérbios, recebeu o Leão de Ouro, prêmio máximo do Festival de Veneza.




Nos anos 1990, Rohmer rodou os deliciosos Contos das quatro estações, e em 2001 provocou grande polêmica com A inglesa e o duque, outro filme de época inusitado, uma visão da Revolução Francesa do ponto de vista da nobreza. O filme provou que, aos 80 anos, Rohmer ainda seria capaz de provocar e ousar, sem nunca perder o rigor.

sexta-feira, 25 de maio de 2007

'Guerra nas Estrelas' completa 30 anos

Há 30 anos, em 25 de maio de 1977, era lançado o primeiro filme da série de sucesso Guerra nas Estrelas (Star Wars). Com Episódio IV - Uma Nova Esperança, George Lucas criava o primeiro longa a se tornar um fenômeno cultural propriamente dito. Além de seis filmes, Guerra nas Estrelas impulsionou uma indústria de séries de televisão, livros, revistas em quadrinho, brinquedos e outros produtos de merchandising.


A revista Forbes calculou, em 2005, que a franquia gerou US$ 20 bilhões em receita ao longo das três últimas décadas. Guerra nas Estrelas: Episódio IV - Uma Nova Esperança estreou em apenas 32
cinemas de toda a América , mas rapidamente se tornou um grande sucesso. Na seqüência vieram as continuações: Guerra nas Estrelas: Episódio V - O Império Contra-Ataca (1980) e Guerra nas Estrelas: Episódio VI - O Retorno de Jedi (1983).


Os três últimos filmes-seqüência da saga, Guerra nas Estrelas: Episódio I - A Ameaça Fantasma (1999), Guerra nas Estrelas: Episódio II - O Ataque dos Clones (2002) e Guerra nas Estrelas: Episódio III - A Vingança dos Sith (2005) também foram sucesso estrondoso de bilheteria.

quinta-feira, 24 de maio de 2007

"Homem-polvo" assiste à pré-estréia de 'Piratas do Caribe 3'


Um homem caracterizado como o personagem Davy Jones, de Piratas do Caribe - No Fim do Mundo, usando uma máscara de polvo e um chapéu de pirata, virou sensação na pré-estréia do filme em Tóquio, Japão, nesta quinta-feira.


A sessão reuniu diversos fanáticos pela saga do capitão Jack Sparrow (Johnny Depp). Dezenas de "Jacks" com olhos puxados e crianças fantasiadas como piratas dominaram a sala de cinema. Bill Nighy, que vive o molusco amaldiçoado Davy Jones, estava presente na exibição do longa-metragem e posou para fotos ao lado de um sósia de seu personagem.


Piratas do Caribe 3 tem estréia mundial nesta sexta-feira. Na história, Jack Sparrow é resgatado do fim do mundo e se junta a seus antigos tripulantes em aventura contra o lorde Cuttler Beckett (Tom Hollander), atual comandante do navio-fantasma Flying Dutchman.


Festival de Cannes: 'My Blueberry Nights' marca estréia de Norah Jones como atriz

A cantora Norah Jones, 28 anos, faz sua estréia como atriz no filme "My Blueberry Nights", de Wong Kar Wai. A produção, que também traz no elenco Jude Law, Rachel Weisz e Natalie Portman, abriu o Festival de Cannes deste ano.


Norah contou que, quando recebeu o convite para protagonizar o longa, nunca tinha assistido a nenhuma produção de Wong. Foi depois de ver Amor à Flor da Pele (2000) do diretor que a cantora decidiu aceitar a proposta. "Eu não tinha plano algum de me lançar como atriz. Ele bateu à minha porta, e eu não fazia idéia do que era e pensei simplesmente: "estou em turnê, não sou atriz", contou ela.


Em "My Blueberry Nights", Norah Jones vive Elizabeth que, depois de descobrir que era traida pelo namorado, resolve partir numa jornada pelos Estados Unidos. Quem conta para Elizabeth da traição é o inglês Jeremy (Jude Law), dono de um café em Nova York. Em sua viagem pelos EUA, Elizabeth conhece um policial que afoga suas mágoas conjugais no uísque (David Strathairn), a mulher dele (Rachel Weisz) e uma jogadora compulsiva (Natalie Portman), em uma história sobre amor perdido e encontrado.



Decepção
"My Blueberry Nights" não foi muito bem recebido no Festival de Cannes. Na exibição para a imprensa, o longa recebeu apenas fracos aplausos. Um dos motivos teria sido a aposta excessiva do público e de intelectuais no filme . Wong Kar Waijá havia conquistado Cannes com "Amor à Flor da Pele", de 2000, recebido o prêmio de melhor diretor com "Felizes Juntos há dez anos", além de ter causado polêmica com "2046: Os Segredos do Amor", de 2004.

segunda-feira, 21 de maio de 2007

Angelina Jolie se tranforma para viver história real nos cinemas


Angelina Jolie, 31 anos, é a protagonista do drama A Mighty Heart. Para interpretar a viúva do jornalista norte-americano Daniel Pearl (do Wall Street Journal), assassinado no Paquistão em 2002, Angelina usou lentes de contato escuras e encrespou os cabelos naturalmente lisos.


Produzido por Brad Pitt, grande parte do longa foi filmado na Índia, principalmente nas cidades de Pune e Mumbai. Por questões de segurança, só alguns planos da produção foram rodados no Paquistão. A Mighty Heart, baseado no livro homônimo de Mariane Pearl, mostra, entre outras coisas, a luta de Mariane para encontrar e salvar seu marido. Daniel Pearl foi seqüestrado e assassinado na cidade paquistanesa de Karachi, em 2002.


O jornalista estava trabalhando em uma reportagem investigativa sobre as conseqüências dos atentados de 11 de setembro de 2001 contra os Estados Unidos. Ele investigava os vínculos entre o militante britânico Richard Reid - preso ao embarcar num avião com um artefato explosivo escondido no sapato - e a rede Al-Qaeda, de Osama bin Laden. O jornalista foi decapitado, e o vídeo da sua execução foi postado na Internet.


Além de mostras as razões pela qual Daniel Pears foi a Karachi, A Mighty Heart também conta a história completa sobre seu seqüestro, os esforços para encontrá-lo depois de seu desaparecimento e seu assassinato. No longa, o jornalista é interpretado por Dan Futterman. Logo após o término das filmagens, Angelina Jolie afirmou, em entrevista ao jornal The Times of India, que fazer o papel de Mariane Pearl era desafiador. "Tenho que fazer o mundo entender essa mulher e sua família. Precisamos contar a história de Daniel Pearl, e a razão para fazermos este filme é porque é muito importante ter um diálogo entre duas culturas", disse. A Mighty Heart tem estréia prevista para o dia 22 de junho nos Estados Unidos.


Para ficar em cada: Closer - Perto Demais - Mike Nichols

COINCIDÊNCIA OU PLÁGIO?


Coincidências acontecem. Não sabemos se esse foi o caso. Mas o cartaz de "Babel" (já nos cinemas daqui) é praticamente igual ao do obscuro "Havoc", que andou sendo exibido aqui na TV paga (Telecine) como "Garotas rebeldes". Quem sabe foi o mesmo artista que, sabendo que seu primeiro trabalho não teria muita visibilidade (como não teve, "Havoc" ficou na prateleira e depois foi lançado em vídeo, sem alarde), repetiu a idéia no filme do Iñárritu? Vejam e comparem. Tirando o uso das cores, a estrutura é a mesma, até o tipo das letras. Se foi plágio, que vergonha...

domingo, 20 de maio de 2007

Boletim de noticias!



IV Concurso de Roteiros Rucker Vieira

O Concurso Rucker Vieira, promovido pela Fundação Joaquim Nabuco, por intermédio da Diretoria de Cultura, visa selecionar e premiar projeto para curta-metragem de documentário digital. O edital é aberto a realizadores de todo o Brasil. O projeto escolhido será premiado com 40 mil em dinheiro, além de equipamentos para a sua realização. As inscrições podem ser feitas entre 21 e 25 de maio, através do site www.fundaj.gov.br

Apoio Financeiro do Programa Ibermedia 2007

Estão abertas as inscrições até o dia 18 de junho para a 2ª Convocatória do Apoio Financeiro do Programa Ibermedia 2007.

O Programa Ibermedia funciona através dos recursos dos países membros da Conferência de Autoridades Audiovisuais e Cinematográficas da Ibero-América (CAACI). São cinco as modalidades de ajuda financeira para desenvolvimento de projetos, produção, distribuição e formação profissional em Audiovisual;

Desenvolvimento de Projetos para Cinema e Televisão, com apoio máximo de US$ 15 mil; Co-Produção de Filmes Ibero-Americanos, com apoio de até US$ 200 mil (linha aberta de documentário); Conteúdos para Vendas Internacionais ’Delivery’, com apoio máximo de US$ 30 mil; Distribuição e Promoção de Filmes Ibero-Americanos, com apoio de até US$ 30 mil; Programas de Formação destinados aos profissionais da indústria audiovisual ibero-americana, com apoio máximo de US$ 50 mil.

Os projetos podem ser encaminhados diretamente para a Unidade Técnica do Ibermedia (Calle Ferraz nº 10, 1ºizda. 28008 Madri-Espanha) ou para a Ancine - Superintendência de Fomento (Av. Graça Aranha, n° 35, sala 507, Centro. Rio de Janeiro – RJ. CEP 20030-002).Edital e maiores informações:
www.programaibermedia.com

Mostra de filme noir nacional no Rio de Janeiro

Entre os dias 22 de maio e 3 de junho a Caixa Cultural Rio de Janeiro mostrará que o Brasil também faz filme noir. A mostra exibirá 15 longas e 3 curtas. Entre os selecionados estão o clássico 'O Bandido da Luz Vermelha', de Rogério Sganzerla; Os Matadores, de Beto Brant; 'Perfume de Gardênia', de Guilherme de Almeida Prado; Bellini e a Esfinge, de Roberto Santucci; 'Faca de Dois Gumes', de Murilo Salles; Achados e Perdidos, de José Joffily; O Homem do Ano, de José Henrique Fonseca; e Bufo & Spallanzani, de Flávio Tambellini. Após a sessão haverá um debate com o escritor Flávio Moreira da Costa e o pesquisador José Carlos Monteiro no dia 22 e com o diretor José Joffily, o roteirista Paulo Halm e o cineasta Rafael de Luna no dia 29.

A Caixa Cultural do Rio de Janeiro fica localizada na Av. Almirante Barroso, 25, Centro. A entrada será franca, com distribuição de senha uma hora antes de cada sessão.

Associação de cinema dos EUA impõe restrição ao cigarro

Filmes com personagens fumando serão analisados mais de perto. A Associação dos Produtores de Cinema dos EUA (MPAA), responsável pela classificação etária das produções americanas, anunciou na quinta-feira (10) a adoção de novas normas sobre o fumo em filmes, proibindo menores de idade de assistirem àqueles em que o cigarro ganha destaque.
A MPAA afirmou ainda que este é apenas mais um dos critérios de classificação de filmes. Os únicos tipos aceitos são aqueles de filmes históricos, onde fumar fazia parte da rotina e não era discriminado, como é o caso do recente “Boa noite e Boa sorte”, de George Clooney.

Discovery documenta visita do Papa ao Brasil

O panorama católico na América Latina será documentado pela Discovery. A primeira parada da equipe do produtor Alan Tomlinson foi aqui no Brasil, para acompanhar a trajetória e estadia do Papa Bento XVI. Além do Brasil, o México e a Colômbia também serão registrados.

Criticas sobre cinema...



Bagunça audiovisual, e assim que posso definir...


Ó Paí Ó é uma verdadeira bagunça narrativa e estética, que usa e abusa da “baianidade” e seus clichês.


Ó Paí Ó, de Monique Gardenberg, é baseado na peça homônima levada aos palcos pelo Grupo de Teatro do Bando Olodum, dirigida por Márcio Meireles. A peça, que é do início dos anos 90 e está em cartaz novamente em Salvador, bateu forte pela boa articulação de diversos personagens marginalizados, representantes de um Pelourinho subitamente valorizado pelo Governo de ACM na década de 90. Vale frisar que, além da denúncia social, havia ali uma dramaturgia estabelecida e coerente, que dava conta de uma população peculiar e complexa.

Já em Ó Paí Ó, o filme... trata-se de uma bagunça impressionante, em todos os sentidos possíveis. Difícil notar ali vestígios de direção, capaz de conferir mínima coerência narrativa e estética ao filme.

Diferente da peça, os mais diversos personagens não ganham corpo, ficam na caricatura da baianidade simplória. Quase todos vivenciam situações exóticas, porque nunca contextualizadas.

Nenhum personagem possui trajetória, são todos jogados de qualquer forma na telona e dependem basicamente de seus carismas. Uns têm mais, outros menos. Muitas cenas constrangedoras se sucedem, como a do início do filme em que Emanuelle Araújo pede para que Lázaro Ramos a pinte à la Timbalada, do nada. E assim será, durante praticamente todo o filme, com cenas que pretendem certo impacto, mas ocas, que não dizem nada além de reforçar o estereótipo “Bahia”.

Numa outra cena “folclórica”, num sentido pejorativo, mais uma vez Emanuelle (a campeã de cenas constrangedoras nesse filme) se prepara para uma dança “sensual” e evoca novamente a Timbalada. No filme de Gardenberg, os personagens baianos tem na boca alguns poucos nomes vendidos pela indústria do carnaval da Bahia. Timbalada, Araketu e quase mais nada além disso. É um recorte pobre, coisa para se vender numa propaganda de 30 segundos.

Os trejeitos, a euforia e a molecagem baianas viram espécie de peça publicitária de um eterno carnaval, que se estende durante todo o filme e ganha contornos de conto de fadas no final.

Até mesmo uma das principais seqüências da película, quando Lázaro Ramos discursa contra o racismo baiano, em tom épico, possui algo de constrangedor. Independente da justiça das palavras, trata-se de um discurso pronto, sem elaboração alguma durante o filme e que vem à tona armadinho, feitinho para causar a boa impressão. Fica feio, de plástico, sem vida!

No cinema, todos sabem, tudo fica ampliado. Seria necessário, talvez, diminuir quantidade de personagens, tratá-los com mais cuidado, acompanhando-os mais.

Nota-se o esforço de Wagner Moura em compor um sacizeiro do Pelourinho..., mas como construir um personagem complexo como esse em apenas quatro ou cinco seqüências? A humanidade do sacizeiro foi descartada.

Pode até ser que o filme renda boas risadas para muitos. É compreensível, pois a película, em sua maioria, funciona sob o ritmo de gags de um programa cômico da TV. Vários pequenos acontecimentos “engraçados” acontecem, sem que haja liga que as una. São clichês sobrepujando clichês, o pior possível que se pode fazer no que diz respeito à representação de uma população.

Ó Paí Ó possui visão estereotipada sobre Salvador, seus espaços e sua gente.

Impossível vivenciar as dificuldades de um Pelourinho pré e pós ACM nas cores vivas e cômicas de Gardenberg. Impossível compreender aqueles tipos peculiares, improváveis, mas que todos sabemos verdadeiros. Impossível entender suas dores e mazelas históricas. Não há cheiro de gente no filme de Gardenberg. Não há tridimensionalidade, são pessoas de uma faceta só. Caricaturas, somente isso.

Como não existe a dureza do dia a dia, a denúncia social pretendida pelo filme cai absolutamente no vazio.

Ó Paí Ó reforça a necessidade de uma produção baiana independente e descompromissada, que traga à tona diversos tipos e elementos de nosso dia a dia, que se contraponham a tantos clichês da baianidade.

Coletiva de imprensa com Morricone...Musica em Cena!


Aguardem novidades sobre...

"Experimentação é o que me move", diz Gustavo Santaolalla


Gustavo Santaolalla desembarca nesta sexta-feira, 11, no Rio, onde realiza, à noite, um concerto no Canecão, e na segunda-feira, em São Paulo. Será sua principal intervenção no evento Música em Cena, o primeiro encontro internacional de músicos de cinema que se realiza no País (e no mundo). Ao contrário de Ennio Morricone, que inaugurou o Música em Cena no sábado, apresentando, no Teatro Municipal do Rio, um concerto em que dividiu, em blocos, suas grandes composições para grandes filmes, o argentino Santaolalla traz ao Brasil seu espetáculo com o grupo Bajofondo Tango Club. É uma mistura de ritmos e imagens, mapeando a música do Rio da Prata, projeto que ele desenvolve com a cumplicidade do uruguaio Juan Campodónico, a quem conheceu quando produziu o disco da banda Peyote Asesino. Milonga, tango, mas também rock, eletrônica, Bajofondo mistura tudo sem receita.


Se você pedir a Santaolalla que defina sua música, ele dirá que é produto da experimentação. É o que mais o atrai. Com 40 anos de carreira, Gustavo Santaolalla virou um fenômeno recente do mundo do cinema - e da música em geral. A revolução em sua vida começou em 2000, quando o cineasta mexicano Alejandro González Iñárritu o convidou para fazer a música de "Amores Perros", que ganhou vários prêmios internacionais (e passou no Brasil com o título de "Amores Brutos"). Desde então, Santaolalla ganhou dois Emmys (por "Diários de Motocicleta", de Walter Salles, e "Babel", também de Iñárritu), dois Oscars (por "O Segredo de Brokeback Mountain", de Ang Lee, e "Babel") e um Globo de Ouro pela melhor canção de "Brokeback Mountain". Essa impressionante coleção de prêmios não o desvia de seu objetivo - a experimentação musical. Ele é avesso a toda fórmula. Admira grandes compositores clássicos de cinema, mas confessa - seu mestre, sua referência é John Lennon.


Entrevista


O que é exatamente Bajofondo Tango Club o espetáculo que você apresenta esta noite no Rio, no Canecão?


Gustavo Santaolalla - Nasceu como um projeto argentino-uruguaio que foi se ampliando. Uma das coisas que mais me agradam, nessa projeção que consegui nos últimos anos, foi que ela me permitiu prosseguir com uma linha de experimentação que sempre me encantou. Comecei a produzir discos, e um deles foi da banda uruguaia El Peyote Asesino, cujo guitarrista, Juan Campodónico, ficou meu amigo. Conversamos, estabelecemos o nosso denominador comum, que era o interesse pela música produzida de ambos os lados do Rio da Prata. É uma música que se pauta pela diversidade. Temos desde ritmos tradicionais, como a milonga e o tango, até a música contemporânea do Prata, influenciada pelo rock. Tudo isso nos inspirou a desenvolver o projeto Bajofondo Tango Club, cujas fronteiras foram se alargando, com a entrada de Nelly Furtado, que é canadense, de pais portugueses, e me parece ‘una chica’ de Buenos Aires, e o Morrissey, dos Smiths.


Você fala na música contemporânea do Rio da Prata, mas Astor Piazzolla já definia seu tango como a música contemporânea da cidade de Buenos Aires. Piazzolla é uma referência para você?


Por supuesto. Não se pode fazer música na Argentina ignorando a contribuição de Astor. Ele reinventou o tango por meio de uma riqueza instrumental e melódica muito grande, mas sempre respeitando o que é fundamental. O tango não é só uma música. É algo muito mais visceral. Um estado de espírito, uma melancolia que brota do mais fundo da alma. Neste sentido, o tango não tem fronteiras. Tom Waits tem essa conexão com a melancolia. Na essência, é um tangueiro.


Ennio Morricone disse em entrevista que a música de filmes não pode ser simplesmente um fundo para as cenas. E também que o compositor, para ser grande, não pode imitar ninguém. Tem de desenvolver e imprimir sua marca.


Concordo integralmente com ele. Ennio é uma personalidade extraordinária. Tive oportunidade de conhecê-lo na última entrega do Oscar, quando ele recebeu um prêmio por sua carreira (NR - e o próprio Santaolalla ganhou seu segundo prêmio da Academia de Hollywood, pela partitura de "Babel"). Admiro muito o que faz e que é muito diferente do que eu faço. A música de Ennio é invasiva, mas nos grandes filmes de Sergio Leone ela fornece a própria estrutura. Eu gosto de trabalhar de outra forma.


E já houve casos de você, um músico, brigar com o diretor pelo silêncio?


Santaolalla - O tempo todo. Mas como escolho muito bem os projetos, os filmes que quero fazer, termino sempre estabelecendo uma relação de camaradagem e confiança com os diretores. Eu os ouço, e eles me ouvem. Discutimos o que é melhor para a cena, ou para o filme como um todo, e vamos trabalhando em conjunto. Eu componho e tento imprimir minha marca, mas o autor do filme é o diretor e eu tenho de servi-lo (e ao filme).


Entrevistei outro dia um compositor brasileiro de cinema, que também me falou nesse negócio da marca e perguntei para ele qual seria a sua. Ele me disse que era o violão...


Santaolalla - Acho que o grande diferencial, quando componho música para filmes, é que também estou na trilha como instrumentista. Não abro mão disso. A marca é a diversidade de ritmos, sempre a serviço da cena, ou das cenas.


Vamos tomar um exemplo - o baile em "Diários de Motocicleta".


Santaolalla - Aqui precisamos fazer uma distinção entre as trilhas que componho, as canções que componho e aquelas que entram na trilha por outros motivos. Compus as canções de "Brokeback Mountain" e acho que eles se integram ao clima de mistério e melancolia do filme. O baile de "Diários" é outra coisa. A cena é extrovertida, alegre e vai culminar numa grande pancadaria, seguida de perseguição. Walter (o diretor Walter Salles) já tinha a música na cabeça, um bailecito, antes mesmo de filmar. Não tive participação nenhuma na sua escolha, mas, não sei, penso que, se a tivesse contestado e proposto outra coisa, ele talvez me escutasse. Só que eu acho que devemos ter a humildade de pensar no filme, não só na gente. A música era perfeita. Por que querer mudá-la?


E existe um mestre, uma referência para Gustavo Santaolalla?


Santaolalla - Uma - Lennon...


John Lennon? Vou lhe dizer uma coisa que talvez lhe interesse. O jornal O Estado de S. Paulo preparou um belo caderno, uma edição especial para celebrar os 40 anos de "Sargent Pepper", que sai neste sábado. O que você acha disso?


Santaolalla - Genial! A importância desse disco é muito grande, a importância de Lennon é fundamental. Gostaria muito de ter um exemplar. Lennon foi uma referência decisiva para mim, no Prata, tão distante de Londres ou de Nova York.


De volta à música do Rio da Prata, você tem um projeto com Walter Salles. O que é?


Tenho produzido CDs e Walter se associou a um projeto que considero muito importante. Em "Café de los Maestros" inclui CD e filme dirigido por Miguel Kohan. Estamos reunindo todos os mestres num café imaginário. Piazzolla é um deles, você vai ver.

Uma noite para lembrar: o concerto de Morricone no MÚSICA EM CENA




Enfim, chegou o grande dia que todos aguardávamos. Após a coletiva realizada dia 02/05, o MÚSICA EM CENA - 1º Encontro Internacional de Música de Cinema, iniciou com o histórico evento que foi o concerto de Ennio Morricone. Pela primeira vez o Brasil foi o palco para a apresentação de um dos grandes compositores da história do cinema, e o público correspondeu lotando o tradicional Theatro Municipal do Rio de Janeiro.

Já na chegada a expectativa e a ansiedade eram enormes. Nunca havíamos apoiado e feito a cobertura de um evento desta envergadura, mas felizmente tudo correu perfeitamente. Num lugar privilegiado do teatro, foi impossível não me emocionar quando o vídeo do MÚSICA EM CENA começou a passar no telão, e o público começou a ovacionar os temas conhecidos que ouvia. Infelizmente nem tudo foi perfeito, a organização teve algumas dificuldades e José Wilker, lendo sob protestos da platéia um discurso longo, deslocado e mesmo equivocado do ausente Ministro da Cultura, foi o ponto negativo da noite. Mas felizmente esses detalhes foram ofuscados, pulverizados pelas maravilhosas duas horas de música que se seguiram.


Porque o que vimos e ouvimos ali foi a comprovação da capacidade que a boa música de cinema, mesmo à parte do filme para o qual foi criada, tem de assumir o primeiro plano e emocionar profundamente seus ouvintes. Sem as imagens em celulóide, entram as presenças de Morricone, da Orquestra Sinfônica da Petrobras, do Coral Sinfônico do Rio de Janeiro e dos maravilhosos solistas que acompanham o Maestro, como a soprano Susanna Rigacci e a pianista Gilda Buttá. O repertório é praticamente o mesmo do concerto de Munique, recentemente lançado aqui em DVD. Em momentos de enlevo musical, noto à minha volta mulheres soluçando, com lágrimas nos olhos, e homens tocados pela beleza do que ecoava por todo o teatro. Reviviam emoções já sentidas no escuro do cinema, ali resgatadas pelos mágicos acordes do Maestro. Momentos deslumbrantes, que apaixonaram a platéia a ponto de, ao final, Morricone - sem dúvida também profundamente emocionado com a reação provocada por suas obras-primas - retribuiu ao carinho e à paixão com que foi agraciado com um inédito triplo bis. Um feito e tanto para um senhor prestes a completar 79 anos e que segue maravilhando, com sua arte, pessoas de todas as idades, em todo o mundo.

Para minha satisfação, um dos três bônus foi a reprise de "The Ecstasy of Gold", minha composição favorita do italiano e que, com a mão trêmula, gravei para a posteridade - um trecho da gravação pode ser conferido
AQUI. Sem dúvida foi o ponto alto da parte da minha vida dedicada à paixão por trilhas sonoras. Mas outras emoções sem dúvida o evento me proporcionou, como o meu encontro, no coquetel que se seguiu, com o curador do MÚSICA EM CENA, Tony Berchmans, que como eu ainda não acreditava que aquele nosso sonho comum finalmente se concretizara. Disse a ele e repito aqui, todos nós temos para com ele um débito que nunca poderá ser pago. Porque o feito de Tony e da organização é de uma importância quase inconcebível, e que de modo amplo somente poderá ser melhor avaliado daqui a algum tempo.




Se houve problemas, é injusto destacar falhas que fatalmente ocorreriam na organização de um evento deste porte, porque afinal de contas foi graças à abnegação de um grupo de pessoas (como qualquer ser humano, elas não são infalíveis), que algo até há pouco considerado impossível aconteceu. Algo pelo qual aficionados de uma faixa etária que ia dos 15 aos 90 anos, aguardavam ansiosanente. Pessoas como Clesius Marcus Real de Aquino, provavelmente o maior colecionador de trilhas sonoras brasileiro, e Márcio Alvarenga, estudioso que mantém em Minas um dos raros programas radiofônicos nacionais dedicados à música do cinema, além de ser colaborador do ScoreTrack.




Ambos, amigos com quem há anos travo profícuos contatos à distância e que finalmente pude conhecer pessoalmente. Pessoas como Remo Usai, autor da trilha sonora do clássico filme nacional ASSALTO AO TREM PAGADOR, a quem tive o privilégio de conhecer. E tive também um momento tiete - pude abraçar a querida Renata Boldrini, que além de linda e competente, mostrou ser pessoalmente aquela mesma pessoa simpática e radiante que conheci através da telinha.

Enfim, o MÚSICA EM CENA não poderia ter iniciado de melhor maneira. Indiscutivelmente foi um concerto que poderá ofuscar as palestras, shows e concertos que se seguirão. Mas que não deixa dúvidas - o Brasil está pronto para realizar, com sucesso, novos eventos do gênero, e este foi apenas o primeiro de muitos e gloriosos que se seguirão.


MÚSICA EM CENA: Painel "A Importância da Música na Narrativa Cinematográfica"




O nosso MÚSICA EM CENA - 1º Encontro Internacional de Música de Cinema, teve seguimento com este interessante painel realizado no auditório de O Globo. Dele participaram a pianista, cantora e compositora norte-americana Lisbeth Scott, o compositor Marcus Viana e o diretor Cacá Diegues, com a coordenação do jornalista, estudioso da música de cinema e escritor João Máximo.

O painel foi aberto com uma apresentação de Lisbeth Scott, que ao piano interpretou sua canção "Where" de As Crônicas de Nárnia: O Leão, A Feiticeira e o Guarda-Roupa. Após a apresentação, Lisbeth e os participantes assumiram seus lugares e passaram a responder perguntas da platéia, encaminhadas por escrito, ou as que João Máximo fazia na hora.

A simpática Lisbeth respondeu à primeira pergunta, formulada pelo ScoreTrack, a respeito de sua experiência de trabalho com
John Williams. Ela não poupou elogios ao profissionalismo e cavalheirismo de Williams, que utilizou os vocais da artista nos temas "Munich, 1972" e "Remembering Munich". Lisbeth ainda respondeu sobre Hans Zimmer, a quem considera um sujeito "de muita sorte e esperto, que trabalhou em alguns filmes extremamente bem sucedidos". Também comentou sobre como foi seu ingresso no mundo das trilhas, e questionada sobre Ennio Morricone, ressaltou a importância dele e de sua trilha A Missão como norteadora de sua carreira.




Marcus Viana, em suas respostas, discorreu sobre seus trabalhos para cinema e TV, em especial Olga e o recente documentário O Mundo em Duas Voltas. Sempre é interessante ouvir um compositor falar sobre seu processo criativo, que no caso de Viana sempre esbarra na precariedade de recursos do cinema nacional. Ele falou que em Olga tinha a esperança de trabalhar com uma orquestra de cordas, mas o dinheiro acabou e ele teve de gravar, sozinho, os 18 instrumentos. Esta "orquestra de um homem" também expressou sua admiração por grandes compositores do cinema, como Miklos Rozsa e John Williams.




Já o diretor Cacá Diegues demonstrou ser um grande conhecedor do cinema e de trilhas sonoras, explanando sobre o uso da trilha incidental/canções em seus filmes, a questão dos direitos autorais, a edição de trilhas nacionais em disco, etc. Destacou a importância do trabalho de Bernard Herrmann nos filmes de Hitchcock, e manifestou o discutível ponto de vista de que músicos que eventualmente fizeram incursões no cinema, como Caetano Veloso, Chico Buarque, Gilberto Gil e Miles Davis, podem ser considerados compositores de trilhas sonoras.

Enfim, este foi um painel que certamente agradou a todos os presentes, e que deu com êxito seguimento a este projeto único (em termos de Brasil) que é o MÚSICA EM CENA.

MÚSICA EM CENA: Painel e shows de Lisbeth Scott e Wagner Tiso


Por problemas decorrentes do temporal que atingiu o Rio no dia 09/05, não pude comparecer ao painel do MÚSICA EM CENA - 1º Encontro Internacional de Música de Cinema “O Processo de Concepção da Música de Cinema”, que segundo os presentes foi muito interessante. Mas hoje estive na PUC - RJ para acompanhar o painel que deu seguimento ao do dia 08/05, que tratou do mesmo tema - "A Importância da Música na Narrativa Cinematográfica". Novamente presentes, João Máximo, Cacá Diegues e Marcus Viana. Desta vez a coordenação dos trabalhos ficou a cargo de David Tygel, um dos raros compositores brasileiros que se dedica exclusicamente às trilhas sonoras. Juntando-se ao grupo de discussões, o consagrado ator de TV e cinema, José Wilker.


Para exemplificar a importância da Música na narrativa cinematográfica foram projetados trechos de filmes como 2001 - Uma Odisséia no Espaço e La Nave Va. Os presentes fizeram várias perguntas aos painelistas, com temas tão variados quanto o processo de criação da música, a influência do diretor no trabalho do compositor, a evolução da trilha sonora desde os trabalhos dos veteranos da Golden Age até os dias de hoje, a crescente edição de trilhas antigas em CD, etc. Foi interessante comparar as opiniões contrastantes dos painelistas, em razão de sua área de atuação. Mais uma vez presente na platéia, o veterano compositor Remo Usai recebeu uma merecida homenagem pelo seu importante e infelizmente não reconhecido trabalho.


Mas o painel, encerrado com a exibição do filme Olga (trilha de Marcus Viana), foi apenas a primeira atividade do dia. À noite, no Canecão Petrobras, ocorreu um grande show com a cantora, pianista e compositora norte-americana Lisbeth Scott, um dos maiores compositores brasileiros do cinema, Wagner Tiso, e seus convidados Tony Garrido e Elba Ramalho.

Mas quem conquistou mesmo a platéia foi Lisbeth Scott, com sua beleza, simpatia e principalmente talento. Em sua apresentação de uma hora, que abriu o show, ela interpretou várias de suas canções ouvidas em filmes como As Crônicas de Nárnia, Cruzada e A Paixão de Cristo. Sua interpretação de "Remembering Munich", da trilha de Munique, composta especialmente para ela por John Williams, foi emocionante. Lisbeth compôs as letras da música em quatro idiomas, a pedido do diretor Steven Spielberg. Um trecho da interpretação desta canção pode ser conferido AQUI.


Infelizmente não pude acompanhar a apresentação de Wagner Tiso até o fim, pois tive a rara oportunidade de encontrar com Lisbeth nos bastidores. Nem pensei duas vezes para falar novamente com ela, após o painel do dia 08/05, e pedi-lhe que autografasse o CD que comprara no saguão. A conversa foi rápida, mas suficiente para que eu lhe desejasse muito sucesso e dissesse que ela era a artista mais doce que já conhecera. Pode ser impressão minha, mas acho que ela estava um pouco ruborizada enquanto autografava o disco. Seja como for saí do Canecão feliz, com meu CD autografado e a certeza de que o MÚSICA EM CENA, de fato, está sendo uma experiência única.


Musica em Cena - Painel sobre o evento


Nosso MÚSICA EM CENA - 1º Encontro Internacional de Música de Cinema encaminha-se para seu encerramento, que infelizmente não vou poder acompanhar tudo, por problemas de horario. Entre outras coisas, não assistirei ao show e painel de Gustavo Santaolalla e o concerto de encerramento regido por Júlio Medaglia. Mas hoje ainda pude comparecer ao interessante painel “Profissão: Compositor”.

O painel contou com a participação do diretor Sérgio Rezende (O Homem da Capa Preta, exibido após o painel), de sua esposa e produtora Mariza Leão, do pesquisador e restaurador de cinema Hernani Heffner e do compositor Ney Carrasco. Mais uma vez, os debates foram conduzidos pelo compositor David Tygel. Os painelistas dividiram suas experiências com os presentes, tendo Mariza Leão dado um interessante insight sobre o papel do produtor nos aspectos relativos à música do filme - contratação de compositores, seleção de canções, pagamento de direitos autorais, orçamento para a música, etc.


Rezende exibiu trechos de alguns de seus filmes que tiveram trilhas incidentais de Jaques Morelembaum e Tygel, como exemplos de música aplicada à imagem. Tygel, por sua vez, exibiu partes do filme de 1991 (inédito no Brasil) A Child of the South, no qual ele e Rezende trabalharam. Neste filme, Tygel desenvolveu sua partitura a partir de uma canção de ninar africana, cantarolada no início por um dos personagens.


Heffner explanou sobre o desenvolvimento da trilha sonora no cinema nacional, desde o advento do som até os dias de hoje, destacando as gerações de compositores que nele atuaram. Carrasco, que assim como Tygel leciona música de cinema, falou sobre técnicas de composição. Juntamente com os demais convidados, na parte final do painel respondeu às perguntas da platéia, boa parte dela formada por alunos da PUC - RJ e de músicos que começam a aventurar-se nas trilhas de teatro, comerciais e cinema experimental. Mas então é isso, leitores. Em breve, teremos em nosso site mais artigos e matérias relativas a esta 1ª edição do MÚSICA EM CENA.


Curta - "Mãos Dadas"




Fernando é um rapaz aficionado por quadrinhos e ficção cientifica. Sua vida é composta por rotina e solidão. Um dia azul, assim como todos os outros de sua vida Fernando conhece Ana. Desse dia em diante sua vida muda completamente e ganha outro sentido.




FICHA TÉCNICA

Elenco:
Leonardo Santhos
Thatiana Leony
Igor Moraes
Marislova Carvalho

Direção e Roteiro: Thiago Casimiro
Produção: Renan Marcolino
Rodrigo Elmi
Thiene Alves
Diego Matheus
Fotografia: Marcilio Graça
Direção de Arte: Solange Oliveira
Figurinos: Lara Lima
Trilha Sonora: João Marcos da Silva

sexta-feira, 18 de maio de 2007

A musa desbocada de Cannes


Favorito à Palma de Ouro, Cannes 2007 ainda não tem. Mas musa, já arranjou. O cargo é da italiana Asia Argento. Sem pudor algum de tirar a roupa na telona nem se envolver em cenas capazes de corar o mais assanhado dos sátiros, a atriz e cineasta, diretora do amargo Maldito coração, acaba de arrancar suspiros da ala masculina da crítica presente ao festival à frente de Boarding gate.


Thriller de tintas noir, o novo filme de Olivier Assayas (de Clean) é um primoroso exercício de estilo do cineasta, que avança na tradição do gênero ao contar a luta de uma ex-prostituta para tentar vida nova na China. A inspiração do diretor: o cinema de Hong Kong. “Aquele lugar é quente. Parece o inferno”, brincava Asia, conhecida por seu jeitão boca-suja.


Filha do diretor Dario Argento, Asia participa de mais dois longas metragens incluídos na seleção do festival. Estará na competetição com Une Vieille Maîtresse, de Catherine Breilat. Aparece também fora de concurso com Go-go tales, de Abel Ferrara. “Nesse ultimo, é só uma pontinha. Ferrara é um dos meus mestres. Tive a sorte de ter trabalhado muito no último ano”, contou a atriz, que acaba de rodar La terza madre, sob a direção de papai Dario Argento.

quinta-feira, 17 de maio de 2007

ESTRÉIA-"Alpha Dog" conta trajetória de traficante preso no Rio

"Alpha Dog", que estréia no país nesta sexta-feira, é baseado em fatos reais, que acabam parecendo mais improváveis do que a ficção.


O filme, que mudou os nomes dos protagonistas de um drama familiar e policial ocorrido nos EUA em 2000, narra a trajetória de um jovem traficante com o improvável nome de Johnny Truelove (Emile Hirsch). O jovem passa boa parte do tempo drogado com os amigos Frankie (Justin Timberlake), Elvis (Shawn Hatosy) e Tiko (Fernando Vargas).


Um dia, um de seus clientes, Jake Mazursky (Ben Foster), se recusa a pagar uma dívida de pouco mais de 1.000 dólares e, de repente, vira inimigo. Para pressionar Mazursky, a gangue de Johnny sequestra seu meio-irmão, Jack (Anton Yelchin), o qual acaba se aproximando dos sequestradores.


Os acontecimentos que se seguem levaram Truelove, cujo nome verdadeiro é Jesse James Hollywood, a se tornar o mais jovem traficante a entrar para a lista dos procurados pelo FBI.


Ele virou um fugitivo, mas acabou preso, em 2005, no Rio de Janeiro -- onde até formou uma família -- e foi deportado.


Quando Jesse James Hollywood foi detido, o longa do diretor e roteirista Nick Cassavetes ("Diário de uma Paixão") já estava em produção, e ele não quis mudar o final. Apenas um letreiro informa o que aconteceu com o protagonista, que, na ficção, é preso no Paraguai.


Cassavetes tenta dar mais seriedade a um filme que, por natureza, busca sua inspiração em manchetes de tablóides. O longa parece perguntar o tempo todo "onde foi que os pais erraram?".


Bruce Willis é Sonny Truelove, o pai de Johnny, que aparece em diversos momentos sendo entrevistado por um jornalista. Em seu depoimento, tenta elucidar alguns pontos e defender o filho, mas nem o ator parece acreditar no que diz. Sharon Stone é a mãe superprotetora de Jack, uma das poucas personagens a injetar uma certa veracidade a um filme repleto de improbabilidades, mesmo tendo sido inspirado em um história real.

Para ficar em casa: Pequena Miss Sunshine – Jonathan Dayton

quarta-feira, 16 de maio de 2007

Mostra TV Grandes Autores no CCBB


Um panorama amplo do que nomes como Ingmar Bergman, Spike Lee e Jean-Luc Godard conceberam para telespectadores de várias partes do mundo. Documentários, comédias, dramas e até a adaptação televisiva de uma peça de teatro compõem a mostra, organizada com o cuidado de reunir filmes que representassem também diversos idiomas e nacionalidades. Formada por títulos inéditos no país a mostra oferece a oportunidade de reflexão acerca de questão tão relevante e contemporânea como o papel dos meios de comunicação de massa na difusão de produções pautadas pela qualidade na forma e conteúdo.


De 29 de maio a 10 de junho

Senhas distribuídas 30 minutos antes das sessões

segunda-feira, 14 de maio de 2007

Novas tecnologias baixam o custo dos filmes


Fazer cinema está, cada vez mais, deixando de ser privilégio daqueles que contam com muitos recursos e sofisticada infra-estrutura de produção. Novas tecnologias de softwares e câmeras de vídeo tornam possível fazer e veicular produções, com baixo custo, da gravação à distribuição.


Para o diretor Manoel Prazeres, que acaba de finalizar Calígula, o príncipe imoral, gravado com câmeras mini Dvcam, em apenas duas locações (um teatro e uma sala), com as novas tecnologias digitais e os novos softwares de edição o cinema ganha muitas novas possibilidades.


Ele explica que já é possível produzir ótimos trabalhos com os softwares de edição. Eles oferecem ainda mais recursos que as tradicionais mesas de corte. “Porém, deve-se tomar cuidado com essa infinidade de recursos”, alerta Manoel. “Isso pode complicar mais do que simplificar na mão de alguém mais afoito”, considera.


Já a distribuição ainda é um problema, como aponta o diretor. “Novos formatos carecem de novos meios de distribuição. A internet provavelmente será a grande distribuidora quando os custos de banda larga forem viáveis. O que parece estar também no horizonte próximo”.


Os festivais cada vez mais comuns são prova de que o mercado vem produzindo mais e mais barato. Existem festivais para todo tipo de filme. Filmes de ficção, documentários, filmes de 1 minuto, curtas de dez minutos, festivais específico sobre um único tema.


Os festivais universitários são as grandes portas para os estudantes de cinema. E a internet é a grande vitrine para todos os cineastas de plantão. Hoje já existem sites especializados em colocar filmes na rede para que qualquer um possa ver além de fazer a inscrição e distribuição do mesmo para os festivais. Qualquer pessoa pode acessar o site e ver os filmes. Nos mesmos existe uma lista dos mais assistidos. Os filmes chegam a ter mais de dez mil acessos.


Hoje, no mercado de câmeras de vídeo digital oferece novas opções em alta resolução.Enquanto as câmeras standard (SD) trabalham com resolução de 720 pontos por 480 linhas, as do tipo HD (high defininition) trabalham com resolução de 1920 por 1080 linhas. Uma solução de baixo custo e bom resultado é às novas HDV, gravam em alta definição, embora com pequenas limitações.


A diretora Marília Albornoz gravou o documentário Danças Cariocas, com a co-direção de Ana Paula Albé, todo com câmeras de vídeo digital e sem patrocínio. Como não tinham recursos às diretoras foram conseguindo equipamentos emprestados. “Eu e a Ana Paula tínhamos uma câmera e conseguíamos microfones emprestados, às vezes até uma câmera melhor”.


O filme foi bastante veiculado em festivais e mostras nacionais e internacionais. Mas para que o projeto virasse filme a diretora teve que colocar a mão no bolso e conseguir o apoio de amigos e pessoas interessadas no projeto. A captação das imagens foi toda feita com a câmera dela e com câmeras emprestadas além de microfones, tripés, iluminação. A edição e finalização do vídeo ficaram por conta de uma editora que gostou e abraçou o projeto.


Para levantar dinheiro para o filme Marília fazia gravações de casamentos e com o dinheiro investia no próprio filme. Comprando equipamentos, ilha de edição de segunda mão. Isso tudo só foi possível graças às tecnologias digitais que permite que uma ilha de edição não seja mais composta de tantos aparelhos e sim de apenas um computador, com alguns recursos.


Depois de todo o processo, o filme foi vendido para TV o que possibilitou cobrir os custos da produção. “Conseguimos no final vender para a TV, e com isso o investimento em material e infra-estrutura foi pago. Não o trabalho ‘humano’. Mas valeu, pois nada melhor do que o seu filme ser visto e discutido”.


Organizando a Produção


Para se fazer um filme é preciso antes de tudo se ter um pré-roteiro ou um argumento. É aí que a história é contada pela primeira vez.



Passada esta etapa chegamos no roteiro. É aqui que as cenas são pensadas. Enquadramentos, movimentos de câmeras, takes, o que gravar e como gravar. Com o roteiro bem feito economiza-se muito em tempo e dinheiro.


Roteiro pronto vamos para a análise técnica. É quando começa a busca por locações que atendam ao roteiro e as necessidades de cada cena. Como iluminação, técnicos, atores, etc...


Um bom auxilio na hora da gravação é a claquete. Nela deve conter, número da cena, do plano e do take. Ele deve ser filmado antes de cada cena, identificando cada uma delas. É também com a claquete se faz o trabalho de sincronia do áudio (se este estiver sendo captado por um gravador e não pela câmera).


Outro recurso que ajuda na hora da edição é a ficha de filmagem. Com ela é anotado qual take de cada cena que está valendo. Eliminando na hora da edição os que contem erro. Economizando tempo.


Depois de gravado o filme é digitalizado é aí que a ficha de filmagem é usada. Uma decupagem é feita e somente os takes selecionados são digitalizados.


Agora é editar, finalizar e divulgar o filme.


Mesmo com o barateamento dos custos não se pode subestimar os custos de um filme. Não é uma câmera digital na mão que vai fazer o filme. Existem custos com locação, iluminação, mão-de-obra e transfer. A finalização é a parte mais cara do processo. A diretora Marília Albornoz dá uma dica: “É importante ter cuidado na hora da captação para diminuir ao máximo os custos de finalização”.




Enquanto Harry Potter não chega...



A Warner divulgou esta semana os novos materiais (pôster e banners) de 'Harry Potter e a Ordem da Fênix', quinta aventura da série idealizada por J.K. Rowling para o cinema. O filme estréia no Brail dia 13 de julho. Com a frase ‘A rebelião vai começar’, o pôster traz o trio Harry Potter (Daniel Radcliffe), Rony Weasley (Rupert Grint) e Hermione Granger (Emma Watson) junto a outros alunos de Hogwarts. Harry, Hermione e Rony aparecem individualmente nos banners, sempre ao lado de um personagem malévolo da história.






sexta-feira, 11 de maio de 2007

Opções para Gambit e Capitão Marvel no cinema



Josh Holloway como o mutante Gambit e The Rock como o Capitão Marvel? Veremos

Em recente entrevista à revista TV Hits Magazine, Josh Holloway, o Sawyer da série "Lost", disse que está em negociações para interpretar o mutante Gambit em "X-Men 4": "Nós tivemos um encontro e eles querem que eu faça Gambit, o personagem jogador de cartas. Eles acham que eu seria perfeito para o papel. Veremos."


Já Dwayne 'The Rock' Johnson, segundo o
Coming Soon, estaria cotado para ser o Capitão Marvel no filme que será dirigido por Peter Segal, o mesmo de "O professor aloprado 2". Os dois estão trabalhando juntos em "Get Smart", remake da clássica série "O agente 86", agora com Steve Carell como o detetive trapalhão.

terça-feira, 8 de maio de 2007

FIQUE POR DENTRO DAS PRÓXIMAS ATRAÇÕES DO ODEON BR


Shrek terá filhos no terceiro filme da série

O filme 'Shrek Terceiro', que estréia nos cinemas brasileiros no dia 15 de junho, traz uma grande novidade. Shrek e a mulher, a princesa Fiona, será pai de três ogrinhos no terceiro longa da série.


Shrek conheceu Fiona no primeiro longa, em 2001, e conheceu seus sogros na segunda seqüência em 2004. Os filhos do casal, em 'Shrek Terceiro', é uma decorrência lógica, segundo o diretor do longa Chris Miller. "Burro e o Gato de Botas estão sempre junto ao casal. Eles são titios agora", completou Miller.


Em 'Shrek Terceiro', Shrek precisa convencer o futuro rei Arthur a assumir o trono deixado pelo Rei Harold, que se tornou um sapo após um feitiço. Fiona, por sua vez, que está completamente sozinha no reino de Tão, Tão Distante, tenta aplicar um golpe de estado usando vilões de
contos de fadas como seus comparsas.


Mesmo tendo o Burro e o charmoso Gato de Botas ao seu lado, bem como a ajuda de Fiona e suas amigas princesas, Shrek e Arthur terão que se esforçar muito se quiserem ter um final feliz.


Para ficar em casa: Frida - Julie Taymor

sexta-feira, 4 de maio de 2007

Astro de 'Borat' vai viver Freddie Mercury no cinema


O comediante inglês Sacha Baron Cohen, o popular protagonista de Borat, vai protagonizar filme biográfico sobre Freddie Mercury, com produção de Robert De Niro, informou o tablóide britânico The Sun.

Cohen conseguiu ganhar o papel, que antes iria para Johnny Depp, por ter surpreendido os produtores ao mostrar a sua versatilidade. "Os produtores estão trabalhando muito para conseguir o melhor roteiro possível", declarou uma fonte ligada ao filme ao The Sun.

"Sacha está encantado com a idéia de interpretar Freddie. Criou a imagem de Borat inspirando-se no cantor", continuou.

Considerado um dos cantores e pianistas mais bem-sucedidos do Reino Unido, Freddie Mercury conquistou fama internacional com o grupo de rock Queen. Ele morreu aos 45 anos em Londres, em 1991, de aids.


Para ficar em casa: Bonequinha de Luxo - Blake Edwards

quarta-feira, 2 de maio de 2007

Rodrigo Santoro é indicado ao MTV Awards de melhor vilão


Rodrigo Santoro foi indicado ao MTV Awards de melhor vilão por seu papel em "300 de Esparta". O prêmio da emissora americana é aquele com categorias divertidas, como melhor beijo, melhor cena de luta e melhor filme de verão que você ainda não viu. Como o polêmico rei persa Xerxes, o ator brasileiro disputa com Tobin Bell, "Jogos mortais III"; Jack Nicholson, "Os infiltrados"; Bill Nighy, "Piratas do Caribe: O baú da morte"; e Meryl Streep, "O Diabo veste Prada". O resultado será divulgado dia 3 de junho.



Melhor filme

"300 de Esparta"

"Escorregando para a glória"

"Borat "

"Pequena miss Sunshine"

"Piratas do Caribe: O baú da morte"


Melhor atuação

Gerard Butler, "300 de Esparta"

Johnny Depp, "Piratas do Caribe: O baú da morte"

Keira Knightley, "Piratas do Caribe: O baú da morte"

Jennifer Hudson, "Dreamgirls"

Beyoncé Knowles, "Dreamgirls"

Will Smith, "À procura da felicidade"


Revelação

Emily Blunt, "O diabo veste Prada"

Abigail Breslin, "Pequena miss Sunshine"

Lena Headey, "300 de Esparta"

Columbus Short, "Stomp the Yard"

Jaden Smith, "À procura da felicidade"

Justin Timberlake, "Alpha Dog"


Melhor atuação em comédia

Emily Blunt, "O diabo veste Prada"

Sacha Baron Cohen, "Borat"

Will Ferrell, "Escorregando para a glória"

Adam Sandler, "Click"

Ben Stiller, "Uma noite no museu"


Melhor beijo

Cameron Diaz e Jude Law, "O amor não tira férias"

Will Ferrell e Sacha Baron Cohen, "Ricky Bobby – a toda velocidade"

Columbus Short e Meagan Good, "Stomp The Yard"

Mark Wahlberg e Elizabeth Banks, "Invincible"

Marlon Wayans e Brittany Daniel, "O pequenino"


Melhor vilão

Tobin Bell, "Jogos mortais III"

Jack Nicholson, "Os infiltrados"

Bill Nighy, "Piratas do Caribe: o baú da morte"

Rodrigo Santoro, "300 de Esparta"

Meryl Streep, "O diabo veste Prada"


Melhor Luta

Jack Black e Héctor Jiménez vs. Los Duendes (Luta livre), "Nacho Libre"

Gerard Butler vs. "Gigante" (Na batalha entre os persas e os espartanos), "300"

Sacha Baron Cohen vs. Ken Davitian (Luta no quarto de hotel, nus), "Borat "

Will Ferrell vs. Jon Heder (Luta na rinque de gelo), "Escorregando para a glória"

Uma Thurman vs. Anna Faris, "Minha super ex-namorada"


Melhor filme de verão que você ainda não viu

"A volta do Todo Poderoso"

"Quarteto fantástico e o Surfista Prateado"

"Hairspray"

"Harry Potter e a Ordem da Fênix"

"A hora do Rush 3"

"Transformers"


Melhor cineasta universitário

Robert Dastoli, "Southwestern Orange County vs. The Flying Saucers"(University of Central Florida)

Maria Gigante, "Girls Room" (Columbia College, Chicago)

Josh Greenbaum, "Border Patrol" (University of Southern California)

Alexander Poe, "Please Forget I Exist" (Columbia University)

Andrew Shipsides, "Bottleneck" (Savannah College of Art e Design)


Melhor paródia caseira

"United 300"

"The defarted"

"The tenacious chainsaw"

"A inconvenient Borat"

"Bob and Byrne's, 298"

"The devil wears Nada"

"Little Miss Sunshine"

"The Texas MassiveQueer"

"Jackss Jr."

"Pirates 2: Dead woman's"

"The devil wears Prada"

"299: The adventures of"

terça-feira, 1 de maio de 2007

Cursos de Maio no Laboratório Estação!


- Oficina para Atuação Teatral com Susana Ribeiro

- Roteiro desde o Princípio com David França Mendes

- Técnicas de Assistência de Direção com Marcia Derraik

- Como Fazer um Curta-Metragem com Gisella de Mello


Os cursos:


Oficina para Atuação Teatral com Susana Ribeiro


Para atores com experiência em teatro que queiram entrar em contato com o processo de criação da Cia dos Atores, uma das companhias mais ativas do Brasil. A Oficina coloca ênfase em conceitos adquiridos pela pesquisa de linguagem do grupo nestes passados 18 anos e cria um corpo de exercícios que ajudam a colocar em prática alguns resultados dessa investigação.


Será também parte do curso, a remontagem de pequenas cenas extraídas do repertório de espetáculos produzidos pela companhia. Vagas limitadas. SUSANA RIBEIRO é atriz e fundadora da premiada companhia teatral Cia dos Atores, com direção artística de Enrique Diaz, desde 1988.


Além de sucessos do grupo como Melodrama, A Bao A Qu e Ensaio.Hamlet, Susana atuou em espetáculos como Ciúme com direção de Marília Pêra, O Submarino. de Miguel Falabella, e outros. Recentemente, Susana esteve em Páginas da Vida, última novela do autor Manoel Carlos, na Rede Globo de Televisão. No exterior, estagiou no Theatre du Soleil de Arianne Mnouchkine em Paris, e no New Actors Workshop de Mike Nichols em Nova York, onde residiu e trabalhou como atriz durante quatro anos.


A partir de 14 de maio. Segundas e quartas-feiras das 16h às 19h.

Carga Horaria: 8 aulas Custo: R$350,00 com opção de parcelamento em 2x (10% de desconto a vista).

Aceita-se cartão de crédito VISA ou VISA ELETRON

Local: Rua Voluntários da Pátria 53 Botafogo, Rio de Janeiro.

Maiores informacoes: http://www.ciadosatores.com.br


Roteiro desde o Princípio com David França Mendes


Uma oficina de roteiro de cinema em que se trabalha a técnica como aliada da criatividade, e não como sua inibidora. Contra os clichês e as receitas de bolo. Voltada para iniciantes e para os que já deram os primeiros passos em outros cursos, mas não se sentem ainda seguros para caminhar sozinhos, o curso se baseia em textos de David Mamet, Jean-Claude Carriére e Robert McKee, entre outros.


Cada aluno escreve um projeto individual, que é analisado pelo professor também individualmente. DAVID FRANÇA MENDES é diretor e roteirista de cinema e TV. Escreveu, entre outros, "O Caminho das Nuvens", "Irmãos de Fé", "2000 Nordestes", "Bons Selvagens", além de dois projetos de peso ainda em pré-produção: "Procura-se", da importante produtora Jodaf Mixer, e o seu primeiro longa americano, "Americas", produzido pela Reason Pictures.


Em TV, escreveu para a Globo, Futura, GNT e a extinta Manchete. No momento, prepara seu primeiro longa de ficção como diretor, "Um Romance de Geração", adaptado do livro de mesmo nome de Sérgio Sant'Anna.A partir de 7 de maio Segundas-feiras das 19h às 22hCarga Horaria: 8 aulas .


Custo: R$500,00 com opção de parcelamento em 2x (10% de desconto a vista).

Aceita-se cartão de crédito VISA ou VISA ELETRON.

Local: Rua Voluntários da Pátria 53 Botafogo, Rio de Janeiro.


Técnicas de Assistência de Direção com Marcia Derraik


O curso irá mostrar quais são os elementos com que tem que lidar o assistente de direção de cinema e TV no dia-a-dia da produção e do set, quais são os procedimentos corretos, o que se espera desse profissional. Entre os elementos que serão explicados estão: roteiro, análise técnica, listagens, caderno de produção, o trabalho com os diversos departamentos, o trabalho com o diretor, escolha de locações, escolha de elenco, trabalho com atores, plano de trabalho, etc.


MARCIA DERRAIK tem um respeitável currículo como diretora, produtora e assistente de direção. Dirigiu dois curtas-metragens premiadíssimos, "Coruja" e "Dib", entre outros trabalhos, incluindo programas de TV e institucionais. Como produtora e/ou assistente de direção, trabalhou com Domingos de Oliveira em seus quatro últimos filmes, e também com Guel Arraes, Roberto Berliner e Jorge Furtado.


A partir de 8 de maio / Terças-feiras das 19h às 22h. Carga horária: 7 aulas.

Custo: R$400,00 com opção de parcelamento em 2x (10% de desconto a vista).

Aceita-se cartão de crédito VISA ou VISA ELETRON

Local: Grupo Estação - Rua Voluntários da Pátria, 53. Botafogo, Rio de Janeiro.


Como Fazer um Curta-Metragem com Gisella de Mello


Curso que apresenta todas as fases da realização de um curta metragem, desde a idéia inicial até sua apresentação em festivais nacionais e internacionais. Criação e apresentação de um projeto, escolha de locações e elenco, trabalho com o diretor de fotografia e outros técnicos, concursos, dificuldades técnicas (e suas soluções): tudo pelo que pode passar um novo diretor ou produtor para fazer seu curta é abordado no curso.


GISELLA DE MELLO é diretora e produtora de cinema. Dirigiu os curtas "Tempo de Ira" e "Célia e Rosita", atuou e atua como produtora, assistente de direção e continuísta em inúmeros longas-metragens brasileiros e internacionais. A partir de 12 de maio Sábados das 14h às 17h.


Carga horária: 7 aulas. Custo: R$400,00 com opção de parcelamento em 2x (10% de desconto a vista).

Aceita-se cartão de crédito VISA ou VISA ELETRON.

Local: Rua Voluntários da Pátria 53. Botafogo, Rio de Janeiro.


Mais informações:


Grupo Estação

Liliam - 2266 9900 - 2286 6336