sábado, 31 de março de 2007

Resenha crítica sobre: O Céu de Suely





O preço da felicidade



Olhar humano e realista guia ‘O Céu de Suely’, filme que mostra a ousada jornada de uma jovem nordestina em busca da felicidade. A busca da felicidade sempre foi um tema recorrente no cinema, desde os seus primórdios. Nada mais normal, afinal de contas essa é uma constante do ser humano, que, a bem da verdade, tem sua vida fundamentada nesse princípio.


O que muda é apenas o caminho a ser percorrido e, sobretudo, qual o conceito de felicidade para as pessoas. Pois esse é o mote de ‘O Céu de Suely’, segundo filme de Karim Aïnouz, que colecionou prêmios em festivais e elogios da crítica.Aïnouz ganhou notoriedade já em seu trabalho de estréia, o interessante ‘Madame Satã’, que além de fazer uma boa carreira, lançou um dos melhores atores do atual cinema nacional, Lázaro Ramos.

Mais uma vez ele coloca um talento novo em evidência, dessa vez Hermila Guedes, que em seu segundo papel no cinema, e o primeiro como protagonista, mostra uma força arrebatadora. Ela é a estrela e a alma de um filme sensível e poético, porém, não menos realista.Em um estilo naturalista, os próprios atores dão nome aos personagens principais.

Hermila é uma jovem que regressa de São Paulo a Iguatu, cidadezinha no interior do Ceará, com um filho pequeno no colo e a esperança de uma nova vida. Ela aguarda o retorno do pai da criança, mas logo se vê iludida e abandonada pelo sujeito. A partir daí toma uma decisão ousada: resolve rifar a si mesma, adotando o nome de guerra de Suely e prometendo aos compradores ‘uma noite no paraíso’.

Com o dinheiro espera partir para algum lugar que desconhece, mas onde acredita que possa estar a tão sonhada felicidade.Mas, afinal de contas, onde está e qual o preço dessa tal felicidade? É nessa idéia que se apóia o roteiro de ‘O Céu de Suely’, ao acompanhar uma personagem aprisionada em um universo de monotonia e desilusão.


A abertura do filme, com um casal sorrindo e fazendo planos ao som de uma música brega, logo contrasta com a realidade cruel em que está inserida Hermila. A sua idéia de felicidade, possivelmente compartilhada com milhares de pessoas, está associada à fuga, à esperança no desconhecido, naquilo que dá nome ao filme.

Por isso, não espere respostas óbvias em ‘O Céu de Suely’. O estilo aplicado pelo diretor se aproxima muito dos cinemas asiático e do leste europeu, pontuado pela narrativa lenta, simbolismos, silêncios e olhares. É um filme, por assim dizer, introspectivo, que desafia o espectador a olhar para dentro dos personagens e compartilhar seus desejos e amarguras.


Nada disso funcionaria se não fosse o talento de Hermila Guedes. Ela incorpora seu papel com uma naturalidade impressionante, ressaltando a força e a fraqueza presentes na personagem quase que na mesma medida. Impossível ainda deixar de destacar outros dois elementos fundamentais à narrativa: a fotografia magistral de Walter Carvalho e a trilha sonora de Berna Ceppas e Kamal Kassin, que conduzem a história em um tom delicado, sem desbancar para o piegas.

Vale lembrar que o DVD traz nos extras o curta ‘Rifa-me’, dirigido pelo mesmo Aïnouz e cujo argumento fundamentou ‘O Céu de Suely’. São ambas obras que primam pelo tom realista, mas, acima de tudo, pela sensibilidade e o humanismo no trato de seus personagens.


Pode não agradar a muitos, mas é uma rica e emocionante experiência. Opinião final: achei o filme interessante no âmbito introspectivo, mas um filme chato para quem só quer ir se divertir no cinema. Para análise crítica, vale.

Segunda, 2 de abril, às 21h, no Odeon BR: Exibição do documentário Cinematographer Style, de Jon Fauer, com a presença do presença do diretor!


Entrada franca (distribuição de senhas meia hora antes da sessão na bilheteria do cinema)

DICA PARA INÍCIO DE ABRIL, MELHOR QUE ESTA, NÃO TEM!



O universo da arte de contar histórias com imagens em movimento é o foco do Cinematographer Style, com diretores de fotografia sendo indagados como e porquê entraram no ramo, quem os motivou ou os influenciou com seus pontos de vista e se novas tecnologias afetaram seus projetos.Cinematographer Style (EUA / 86 minutos / 2006).


O documentário apresenta diálogos com 110 diretores de fotografia de 15 países que trabalharam em diversas áreas da indústria do cinema, da produção de comerciais a filmes, de programas de televisão a documentários.Dentre os principais entrevistados, destacam-se o italiano Vittorio Storaro (parceiro de Bernardo Bertolucci) e Michael Balhaus, à frente das imagens de “Os infiltrados”, ganhador do último Oscar de melhor filme, de Martin Scorcese.


Nele, Fauer, produtor em Nova York e componente da American Society of Cinematographers (ASC), produziu, dirigiu e fotografou pouco mais de 200 horas de material. A idéia de produzir o documentário começou há mais de três anos atrás, quando o presidente da ARRI Inc., Volker Bahnemann Fauer fizesse entrevistas para um DVD de 10 minutos para a edição de um livro.


Na opinião de Fauer, o objetivo é fazer com que o público viaje pelas mentes e corações dos grandes fotógrafos do cinema. Para ele, esse documentário é acessível a futuros diretores, produtores e até mesmo historiadores, que poderão colher do filme uma reflexão da arte sobre si mesma.


De acordo com Sheigh Crabtree, repórter do The Hollywood, “o documentário prende os sentidos pelas grandes imagens fotográficas”. Segundo Steve Chagollan, jornalista da revista Variety, Fauer fez “um excelente trabalho mostrando os modelos de operação dos diretores de fotografia por trás de seus projetos sem expor um pedaço de celulóide”.


Já, para Daryn Okada, o presidente da ASC, o documentário é definido em uma palavra: “fantástico”. O evento é organizado pelo Curso de Cinema do Departamento de Comunicação Social da PUC-Rio, em parceria com ABC (Associação Brasileira de Cinematografia), Grupo Estação, Kodak, Labocine e Eurobras/ARRI.

Cinematographer Style, de Jon Fauer.
Segunda, 2 de abril, às 21h, no Odeon BR (Pça Floriano, 7)
Entrada franca (distribuição de senhas meia hora antes da sessão na bilheteria do cinema)

Lançamentos de Abril e Maio no ESTAÇÃO!!

A partir de abril, o Grupo Estação começa com uma seqüência variada de filmes para todos os gostos! Estilos que agradam a todo tipo de cinéfilo, mas é claro, não podíamos deixar de citar "Ódique", com o ator Cauã Reymond em sua estréia na telona e "Fabricando Tom Zé", com entrevistas maravilhosas de Caetano e Gil sobre o músico baiano ...
Vale a pena conferir, de já uma espiada abaixo e comece a correr com sua programação !


27 de abril - ÓDIQUE? - de Felipe Joffily Brasil, 2004.

Três amigos de classe média precisam arrumar dinheiro para passar o carnaval na Bahia. Com a ajuda de um amigo de classe alta, eles acabam se envolvendo, durante uma noite, em uma eletrizante trama que envolve roubo e seqüestro. Desse momento em diante, desenha-se um fascinante e perigoso rascunho do comportamento dos jovens cariocas que caminham, assustadoramente tranqüilos, no limite entre a malandragem e a marginalidade.

Direção: Felipe Joffilly
Roteiro: Gustavo Moretzsohn
Elenco: Alexandre Moretzsohn, Caua Reymond, Dudu Azevedo, Leonardo Carvalho, Cassia Kiss, Henri Pagnocellis, Amanda Bravo.
35mm 90min.


04.maio - 20 CENTIMETROS, de Ramón Salazar Espanha, 2005

Neste musical cômico, o que seria motivo de orgulho para a maioria dos homens é um tormento para Adolfo. Garoto de programa e travesti, também conhecido como Marieta, ele sonha em se livrar de seu órgão sexual masculino e se tornar a mulher. O problema é que o objeto de repulsa também é seu principal meio de sobrevivência nas ruas de Madri.

Enquanto não consegue dinheiro para a operação de mudança de sexo, Marieta convive com figuras bizarras do submundo madrileno e aproveita seus surtos de narcolepsia para entrar em um mundo no qual, cantando e dançando, a vida é bem mais fácil. Selecionado para a competição oficial do Festival de Locarno 2005.

Direção:Ramón SalazarRoteiro: Ramón Salazar, Catalina CabreraElenco: Mónica Cervera, Pablo Puyol, Miguel O´dogherty, Concha Galan, Pilar Bardem, Rossy de Palma.
35mm 113min.

06.abril - NA CAMA / En la cama, de Matías Bize Na Cama (En la Cama)

Quarto de motel, Santiago do Chile. Dois jovens que não se conheciam passam a noite juntos. Sem saber sequer o nome um do outro, aproveitam cada trégua de sexo para despir-se física e emocionalmente. Bruno e Daniela sabem que não voltarão a se ver. E por isso, entre risos e confissões, beijos e ficções, revelam os seus segredos mais profundos, antes que a luz do amanhecer converta essa experiência em parte do passado.

13.abril - ESCOLA DO RISO - Warai no daigaku, de Mamoru Hoshi Japão, 2004.

Divertida sátira da paranóia difundida mundialmente pelos Estados Unidos, o filme é feito com apenas dois atores. Sakisaka é um censor do governo cuja missão é assegurar o teor patriótico das peças de teatro. Tsubaki é um comediante que pede aprovação para encenar uma paródia de Romeu e Julieta. O censor insiste em modificar a peça, primeiro por motivações políticas e depois por divergências estéticas.

Tsubaki e Sakisaka começam a reescrever o texto, que realmente melhora. Os dois se empolgam e, como é tempo de guerra, a afronta não pode acabar bem. Baseado na peça Warai no daigaku, de Kohki Mitani.

20.abril - INFERNO / L'enfer, de Danis Tanovic França / Itália / Bélgica / Japão, 2005.

Sophie, Céline e Anne são irmãs. Sophie, a mais velha, mora com o marido em Paris. A caçula Anne estuda arquitetura e mantém uma relação passional com seu professor, Fréderic. Céline é solteira e vive para cuidar da mãe inválida, até que um misterioso homem surge em sua vida. Um incidente ocorrido na infância das três fará com que elas se reúnam para discutir o passado.

Inspirado em Inferno, de Dante, o roteiro é parte de uma trilogia planejada pelo roteirista Krzysztof Piesiewicz e o cineasta Krzysztof Kieslowski, que não foi realizada devido à morte do cineasta em 1996. Paraíso (Heaven), o primeiro filme da trilogia, foi dirigido pelo alemão Tom Tykwer, em 2001. Inferno (L’Enfer / Hell)de Danis Tanovic, com Emanuelle Béart, Karin Viard, Marie Gillian, Guillaume Canet, Jacques Gamblin, Carole Bouquet.

11.maio - FACES / Faces, de John Cassavetes.

Desmoronamento de um casamento da classe média alta norte-americana. Richard deixa sua esposa, Maria, para se encontrar com a jovem Jeannie, que acabara de conhecer num bar. Maria, por sua vez, vai a uma boate e deixa-se envolver por um garoto de programa. Cassavetes usa uma curiosa estrutura de filme-dentro-do-filme. Indicado ao Oscar de melhor roteiro original.

18.maio - UM LUGAR NA PLATÉIA / Fauteils d'orchestre, de Danièle Thompson França.

Jéssica, uma jovem do interior, chega a Paris determinada a conseguir um emprego no Hotel Ritz. Foi sua avó, obcecada por luxo, quem pôs a idéia em sua cabeça. Mas o que ela consegue é uma vaga como garçonete em um café na Avenue Montaigne.
Não se trata, no entanto, de um café qualquer. Ao lado de um teatro, de uma sala de concertos e de uma casa de leilões, o novo trabalho de Jessica permite que ela sirva um elenco de artistas e amantes da arte das mais variadas sensibilidades e idiossincrasias.
Tudo converge para um mesmo dia, quando a famosa atriz estreará seu mais novo vaudeville, o pianista dará seu último concerto, e o triste colecionador de arte venderá seus quadros favoritos.


25.maio - FABRICANDO TOM ZÉ, de Decio Matos Jr.Brasil.

Fabricando Tom Zé é um documentário que retrata a vida e obra de um dos mais controversos Tropicalistas, cujo fio condutor é sua turnê pela Europa em 2005. O filme mistura diferentes formatos de vídeo, película e animação para mostrar uma detalhada visão do universo musical de Tom Zé, para o qual um baixo e um esmeril têm a mesma importância melódica.

Em entrevistas bem intimistas, ele narra diversas fases de sua vida e conta como começou sua carreira na década de 60, o ostracismo nos anos 70 e seu ressurgimento no início anos 90. O filme ainda conta com entrevistas de Gilberto Gil, Caetano Veloso, David Byrne e outros. Aos 70 anos, Tom Zé, ainda é considerado um músico de vanguarda, produzindo um estilo único de música, altamente original.


Mais informações: Grupo Estação - 2266 9900


sexta-feira, 30 de março de 2007

Sessão pipoca para o final de semana



O violino - Premiado nos Festivais de Cannes e em Gramado, o drama mexicano O Violino traz a música e o instrumento que dá nome ao filme como símbolos de resistência frente às adversidades políticas no México dos anos 1970. O personagem central é um senhor com nome de filósofo grego, Plutarco (Tavira), que mesmo sem uma das mãos é um exímio violinista. Seu talento musical será fundamental na tentativa de se infiltrar num acampamento militar.


300 - A aventura de guerra Zack Snyder 300 conta uma das mais famosas batalhas da Antiguidade, a luta entre espartanos e persas no desfiladeiro das Termópilas no ano 480 a.C., o destaque fica para o ator brasileiro Rodrigo Santoro que interpreta o imperador persa, Xerxes. Além de Santoro, os atores David Wenham (da trilogia O Senhor dos Anéis), Vincent Regan e Michael Fassbender merecem toda atenção.



Ó Pai Ó - O filme da diretora Monique Gardenberg (de Benjamim) conta a história de Roque (Lázaro Ramos), aspirante a cantor que, como a maioria dos moradores do Pelourinho, dão duro para viver, sem carteira assinada. A canção-título, Ó Paí Ó (uma expressão baiana que significa "olhe para isso, olhe"), que dá nome ao filme, é de Caetano Veloso e Davi Moraes, interpretada pelo próprio Caetano. Mas a trilha também traz Margareth Menezes, Tatau, Mariene de Castro e Banda Calypso.

Para ficar em casa: A Casa Vazia - Kim Ki-Duk

Cinema brasileiro invade as telas de Paris



RIO - Dois cinemas sediarão, a partir do fim de abril, a 9ª Edição do Festival de Cinema Brasileiro em Paris. Ao todo, o público poderá assistir a 70 sessões, que exibirão filmes de diferentes gêneros. Entre os longas exibidos estarão "Antonia", de Tata Amaral; "O céu de Suely", de Karim Aïnouz; "O cheiro do ralo", de Heitor Dhalia; "Zuzu Angel", de Sérgio Rezende, e "Baixio das bestas", de Claudio Assis. Pela primeira vez, o evento dará destaque a documentários, que receberão uma mostra exclusiva, batizada de "O melhor do documentário brasileiro".

Dez dos filmes apresentados concorrerão ao prêmio de melhor filme. Desde a primeira edição do festival, em 1999, 257 filmes brasileiros foram exibidos a cerca de 37 mil pessoas. Este ano, esperam-se dez mil espectadores. Os filmes estarão em cartaz no Cinéma L'Arlequin, de 25 de abril a 1º de maio, e no Cinema Le Latina, de 2 a 8 de maio. Exposições de pintura, fotografia e escultura também estão na programação.

segunda-feira, 19 de março de 2007

O Claquete não dorme e se liga em tudo que rola no mundo do cinema!



Com estréia nos Estados Unidos para o dia 27 de Julho, a FOX já divulgou algumas imagens do filme de Homer Simpsons e companhia. A trama, que será focada em toda a familia, promete vir recheada de piadas com conteúdo sexual e críticas políticas ainda mais agressivas, algo que já faz parte do Simpsons desde sua criação.

Então, se você gostou desta pequena supresa do Claquete, não perca tempo e veja o trailer!!!

Agora, resta esperar para que os fãs desta louca familia venha parar nas telinhas brasileiras.

Trailer Os Simpsons

Dica para o fim de semana: Tudo sobre minha mãe - Pedro Almodóvar

sábado, 17 de março de 2007

Minha opinião sobre: "O Motoqueiro Fantasma"




Salve galera freqüentadora do Claquete! Sou Camille, uma das colaboradoras deste blog que conta todas as novidades sobre cinema e mais um pouco...

Assisti o longa sexta-feira passada, mas como criamos o blog somente agora, vale ainda comentar sobre, pois ainda está "morninho" no cinema esperando por vocês!



"O Motoqueiro Fantasma" é um filme que prende sua atenção até o final. O universo dos super-heróis costuma seguir uma linha mestra. Mocinho que é mocinho é bondade pura, e por maior que seja o vilão, o herói bondoso não é capaz de fazer justiça com as próprias mãos, muito menos colocando terceiros no meio.


Porém, existem aqueles que ganham o segundo nome de anti-herói, ou seja, é aquele sujeito que chega ao extremo e não se contenta em apenas prender o bandido, tem que destruí-lo de uma maneira ou outra, como é o caso do personagem Motoqueiro Fantasma, um anti-herói que não usa máscara e colantes coloridos, mas sim um crânio flamejante e roupa de couro. O que aliás, é de efeito magnífico.


Para quem não o conhece, Johnny Blaze (interpretado pelo divertido Nicolas Cage), o hospedeiro do Motoqueiro Fantasma, fez há anos um pacto com o demônio conhecido Mefisto (o eterno “Easy Rider” Peter Fonda) que em troca de sua alma e de seus serviços para o capeta, este salvaria seu pai, que padecia de uma grave doença.


Como se sabe que o diabo nunca foi confiável, ele não cumpre de forma correta o contrato e deixa Blaze à mercê de seus serviços, sempre que for necessário. Como podemos observar, nem de perto o Motoqueiro Fantasma é um personagem comum.


Afinal de contas, não é todo dia que vemos um herói que vende a alma para uma entidade que sempre representou o mal.Dirigido por Mark Steven Johnson, que obteve um resultado satisfatório em outro filme de herói, o "Demolidor", o longa deve agradar os fãs do personagem e quem aprecia o estilo, uma vez que Johnson soube respeitar a mitologia em torno do personagem e a história do “Espírito da Vingança” assemelha-se bastante com as histórias contadas nos quadrinhos de antigamente.


Todas as características mais marcantes do Motoqueiro estão presentes, bem como o seus apetrechos, como a corrente que aumenta de tamanho, a arma que dispara o fogo infernal, o seu temido olhar de penitência, poder do qual o Motoqueiro Fantasma dilacera a alma de pessoas que cometem o mal e, claro, sua estilosa moto, com pneus flamejantes.
Nicolas Cage foi uma escolha mais do que acertada para o papel. O roteiro, coeso e bem amarrado, prende a atenção do espectador, assim como a produção visual que está fantástica, principalmente na dolorosa transformação de Blaze, na incrível metamorfose de sua moto, e nas aparências grotescas de Coração Negro e seus asseclas. São as melhores partes do filme. Dá gosto ver um trabalho feito com excelência! Mesmo quando sabemos que são meros efeitos...
Só não façam a besteira de comparar Motoqueiro Fantasma com outros filmes de heróis. Como já foi dito acima, o Motoqueiro é um personagem diferente, denso, sombrio e brutal, mas, ainda assim, um anti-herói fascinante e que vai agradar a todos no cinema. Pelo menos a mim agradou, e olha que não sou muito fã de filmes de heróis!

Cinema Legendado e Videoteca: onde é, quando é e como faço para assistir?






Todo o sábado, a partir das 17 horas, o CCBB Rio apresenta a série “Cinema Nacional Legendado”, com exibição de filmes nacionais no sistema closed caption (legenda oculta) - método que possibilita o acesso de brasileiros com algum tipo de deficiência auditiva ao entendimento dos filmes produzidos no Brasil.

As senhas são distribuídas 30 minutos antes das sessões, preferencialmente para portadores de deficiência auditiva. As próximas sessões acontecem nos dias 24 e 31 de março e 1° de abril.
Cinema, Aspirinas e Urubus, de Marcelo Gomes. Com Peter Ketnath. 12 anos. Dia 24/03.
Carlota Joaquina, a Princesa do Brasil, de Carla Camurati. Com Marieta Severo e Marco Nanini. 14 anos. Dias 31 de março e 1º de abril.

Outro lazer no CCBB que poucos conhecem, é a Videoteca Centro Cultural Banco do Brasil, que possui mais de 3000 títulos, entre fitas VHS e DVDs, selecionados em sintonia com o perfil da programação de cinema e vídeo da instituição. O acervo inclui clássicos e filmes mudos, destaques do cinema brasileiro e internacional, filmes musicais e sobre artes, adaptações de obras literárias, curtas e médias-metragens, animação, documentários, performances artísticas e produções em vídeo.
O cinema nacional ocupa lugar privilegiado na coleção, que retrata períodos e movimentos como a Chanchada, o Cinema Novo e o Cinema de Invenção. Entre outros destaques, pode-se ainda conferir a programação de eventos realizados anteriormente pelo CCBB, e a edição em vídeo de todos os debates realizados no Encontro com o Cinema Brasileiro, em cartaz desde 1996, entre outros...

Quatro cabines de vídeo, cada uma para até três pessoas, permitem ao freqüentador assistir ao seu próprio programa, escolhido entre as fitas do acervo. As sessões acontecem às 13h, 15h, 17h e 19h e reservas podem ser feitas pessoalmente ou por telefone.

O acesso às cabines se dá mediante a aquisição do Cinepasse, credencial com 30 dias de validade, que possibilita também o ingresso a toda a programação de cinema e vídeo do CCBB.

Funcionamento: de terça a sexta-feira, das 12h às 20h, informações e reservas pelo telefone (21) 3808-2050 ou acesse: www.ccbb.com.br para consultar o acervo da videoteca.

Dicas nota 10!


Biblioteca de Bangu oferece curso gratuito de cinema

A Biblioteca Popular Cruz e Souza, em Bangu, programou para este mês diversos cursos gratuitos, entre os quais o de cinema, com aulas às sextas-feiras, às 15h. Nas quartas, quintas e sextas-feiras, às 9h, e, sábados, às 10h. Outra opção é o curso contadores de histórias, às segundas-feiras, às 14h.Vinculada à Secretaria Muncipal das Culturas, a Biblioteca Cruz e Souza fica na Rua Silva Cardoso, 349, no centro de Bangu. Mais informações pelo telefone 3332-0675.



Cinema de graça nas Lonas Culturais


Durante este mês, a Secretaria Municipal das Culturas exibe gratuitamente o longa Vestido de Noiva, com Simone Spoladore e Marília Pêra, nas lonas Culturais de Anchieta, Guadalupe, Maré, Realengo, Bangu, Campo Grande e Santa Cruz. A iniciativa é parte do projeto Pipoca nas Lonas, que todos os meses leva uma produção nacional a esses equipamentos culturais mantidos pela Prefeitura do Rio nas zonas Norte e Oeste.

A programação completa deste mês está no Diário Oficial do Município, e pode ser consultada na página da Secretaria Municipal das Culturas na internet. Acesse já: http://www.rio.rj.gov.br/culturas

Mamãe, eu quero! Papai, me leva?


Se liga criançada louca por cinema! Amanhã, dia 18 de março (domingo) rola apresentação do longa de animação infantil A Floresta Mágica, às 10h 30 min, na Biblioteca Popular Marques Rebelo.
Mamãe e papai anotem o endereço, vocês já tem programação para domingo!
Rua Guapeni, 61 - Tijuca.

"300" estréia na liderança das bilheterias nos EUA com astro brasileiro


O filme que traz Rodrigo Santoro como o rei Xerxes já estreou na liderança arrecadando US$ 70 milhões em seu primeiro fim de semana. O longa metragem épico "300", tem direção de Zack Snyder e é baseado na novela gráfica de Frank Miller. Em seguida no Top 10 da bilheteria americana vem "Wild Hogs", que arrecadou US$ 28 milões nesta semana,e em terceiro bem abaixo das cifras, está "Bridge to Terabithia", com US$ 6,9 milhões.
"O Motoqueiro Fantasma" fica em quarto lugar com US$ 6,8 milhões na semana. O suspense "Zodiac", de David Fincher, arrecadou US$ 6,77 milhões. Já o drama "Número 23", estrelado por Jim Carey, ficou em sétimo na lista, com US$ 4,33 milhões.
Completam a lista das dez maiores bilheterias americanas na semana a comédia "Norbit", com Eddie Murphy (US$ 4,3 milhões), "Letra e Música" (US$ 3,8 milhões), "Breach" (US$ 2,6 milhões) e "Amazing Grace" (US$ 2,5 milhões). Corra já para o cinema mais perto de você e confira a performance de Rodrigo Santoro!
Antes, dê uma espiadinha no trailer :
http://www.300theMovie.com