domingo, 29 de abril de 2007

Diretor confirma: ‘Homem-Aranha 3’ terá continuação


O segredo conseguiu ser mantido durante a primeira pré-estréia de “Homem-Aranha 3”, no Japão, na última terça (17), mas não durou muito. Durante uma série de entrevistas em Los Angeles no último fim de semana, o cineasta Sam Raimi admitiu: a franquia “Homem-Aranha” ganhará mais três filmes nos próximos anos.

Não há certeza de que os atores dos três primeiros filmes da franquia, nem mesmo os protagonistas Tobey Maguire e Kirsten Dunst, estarão nos próximos longas, já que nenhum deles tem contrato assinado para continuar na série. Durante as entrevistas, os astros afirmaram que sua participação dependeria da contratação de Sam Raimi como diretor.


Entretanto, Raimi diz que não é certo que o estúdio vai convidá-lo para dirigir “Homem-Aranha 4”, “5” e “6”, pois ainda não teve tempo para se envolver nos projetos. Nas três primeiras produções, o diretor foi contratado para cada filme individualmente, enquanto os protagonistas assinaram acordos válidos para toda a trilogia. A previsão é de que “Homem-Aranha 4” chegue aos cinemas em 2009.

'O mundo em duas voltas' retrata expedição dos Schürmann


Há alguns anos, o economista Vilfredo Schürmann e sua mulher, a professora de inglês Heloísa, realizaram aquilo que é um sonho remoto para muita gente: largaram a vida normal e transformaram-se em velejadores em tempo integral. O documentário "O mundo em duas voltas", que estréia no país na sexta-feira (27), acompanha a viagem realizada pelo casal entre 1997 e 2000.
O longa foi dirigido por um de seus filhos, David Schürmann, que viveu no mar entre os 10 e os 15 anos. Nessas duas voltas pelo planeta, repete-se o roteiro do português Fernão de Magalhães (1480-1521), primeiro navegador a realizar uma circunavegação completa da Terra, no século XVI. Uma das melhores sacadas do filme - contribuição do roteirista Luiz Bolognesi - é justamente traçar este paralelo entre a viagem idílica dos Schürmann por paisagens belíssimas, nas Canárias, Brunei, Filipinas, Bali e outros lugares, e as turbulências que marcaram a expedição de Magalhães, à qual nem ele mesmo sobreviveu.
Quando aquela viagem iniciada em 1519 terminou, três anos depois, não mais do que 18 marinheiros haviam sobrevivido. Na saída, a tripulação chegava a 300 homens. A viagem de Magalhães vai sendo acompanhada a partir de relatos extraídos do diário do tripulante italiano Rigaleta, ilustradas com as animações do francês Laurent Cardon - que morou no Brasil entre 1995 e 2006.
Em que pesem a beleza das imagens e a indiscutível simpatia dos Schürmann -nesta viagem, acompanhados pela filha adotiva Kat, de seis anos, que morreu pouco depois-, o documentário revela-se, afinal, um parente próximo das atrações de canais a cabo, do tipo Discovery Channel. Nada que deponha contra a qualidade da produção, que apresenta valor inegável.
Apenas observa-se um pouco de falta de ambição no sentido de realmente revelar a fundo as paisagens e realidades humanas contadas ao longo destes alegados mais de 60 mil quilômetros percorridos. Em "O mundo em duas voltas", todos os conflitos -mesmo os familiares- são relativizados, todas as contradições da realidade, evitadas. O retrato resulta um tanto adocicado, embora bonito.

Os míticos estúdios Cinecittà completam 70 anos


Os míticos estúdios de cinema Cinecittà, de Roma, completam neste sábado 70 anos de existência.Situados a alguns quilômetros do centro histórico de Roma, foram inaugurados com grande pompa em 28 de abril de 1937 pelo ditador Benito Mussolini.


O imenso complexo do Cinecittà (em italiano, Cidade do Cinema) foi criado para competir com Hollywood, nos anos 1950 os cineastas americanos acabaram transformando-o em sua "Hollywood às margens do Tiber".A década de 1960 foi sua Idade do Ouro, com as filmagens de "Ben Hur", de William Wyler (1958), e "Quo Vadis", de Mervyn LeRoy (1949).


Entre os italianos, Federico Fellini foi o diretor mais fiel aos estúdios, que escolheu para rodar, entre outros, "La Dolce Vita" (1960).Nos anos 1970 e 1980, o sucesso das produções para televisão levou o Cinecittà a viver uma grave crise.


Foi preciso esperar até 2002, cinco anos depois de sua privatização quase total, para que voltasse a seu esplendor, graças ao diretor americano de descendência italiana, Martin Scorsese, que gravou lá "Gangues de Nova York".


Atualmente está em estudo um projeto para criar um Centro Nacional de Cinematografia no complexo, informou neste sábado ao jornal Il Messaggero o presidente da Cinecittà Holding, Alessandro Battisti.

Filme alemão vence no Hot Docs, que exibe quatro brasileiros


O filme alemão "Losers andWinners" recebeu nesta sexta-feira o prêmio de melhor documentáriointernacional no festival Hot Docs de Toronto, a mais importantecompetição de documentários da América do Norte e uma das maiores domundo.Este ano o festival deu uma atenção especial ao documentáriobrasileiro.


Foram exibidos quatro filmes: "Atos dos homens" (KikoGoifman), "O fim e o princípio" (Eduardo Coutinho), "Olharestrangeiro" (Lúcia Murat) e "Santiago" (João Salles).O prêmio especial do júri na categoria de documentáriointernacional fou para o longa-metragem americano "Without theKing".


O melhor média-metragem (30 a 59 minutos de duração) foi parao canadense "Forgiveness: Stories for our time". "Man Up" (EUA) foio melhor documentário em curta-metragem."Losers and Winners", dirigido por Ulrike Franke e MichaelLoeken, reflete o impacto das mudanças econômicas e sociais daglobalização numa fundição alemã, desmontada para ser levada àChina.


Já "Without a King", de Michael Skolnik, mostra a situação socialda Suazilândia, a última monarquia absoluta da África.O Hot Docs começou dia 20 de abril e termina no domingo. Ofestival celebra este ano sua 14ª edição, com 129 documentários detodo o mundo.


Uma das atrações foi o canadense "Manufacturing Dissent", umolhar crítico sobre as técnicas utilizadas pelo diretor americanoMichael Moore, autor de "Farenheit 11 de setembro" e "Tiros emColumbine", pelo qual ganhou um Oscar.

Rodrigo Santoro causa tumulto em festival de cinema no Recife


O Cine PE-Festival do Audiovisual, em Recife, teve seu equivalente a uma noite de Oscar. O motivo foi a passagem do ator global, e agora internacional, Rodrigo Santoro pela capital pernambucana, prestigiando a primeira exibição de "Não Por Acaso", de Philippe Barcinski, na sexta-feira.


"Não por Acaso" é o primeiro filme brasileiro a ter a participação de Santoro depois de sua atuação em produções internacionais, como a aventura "300" e a série "Lost".
O ator teve tratamento de astro internacional --bem diferente da primeira vez em que esteve neste festival, em 2001, com o filme "Bicho de Sete Cabeças", de Laís Bodansky.


Sua estadia atual provocou alterações drásticas na rotina do Hotel Recife Palace, em Boa Viagem. Houve reforço na segurança do 9o andar, onde o ator e toda a equipe do filme se hospedaram, que ficou isolado.


Além disso, a direção do festival montou um esquema especial para o deslocamento e chegada de Santoro ao Cine-Teatro Guararapes, em Olinda, para participar da sessão do filme, ao lado dos demais integrantes do elenco, Letícia Sabatella, Leonardo Medeiros e Branca Messina.
Atores e equipe técnica do filme surpreenderam o público de 3.000 pessoas --lotação completa da sala, ocupando inclusive os degraus da escadaria de acesso-- ao entrarem pela esquerda do palco, o que aconteceu pela primeira vez no festival.


A entrada dos convidados é sempre pelo lado direito, vindo caminhando pela platéia, o que na noite de sexta-feira não era recomendável pela possibilidade de tumulto.
Quando Santoro resolveu falar, os fãs gritaram mais alto ainda. Mas eles se acalmaram logo para ouvi-lo. "A última vez que estive aqui foi em 2001, quando mostrei meu filme 'Bicho de Sete Cabeças'. Foi um momento abençoado", lembrou.


O ator elogiou também o comparecimento em massa dos espectadores para a sessão. "É muito bom ver uma platéia lotada numa sexta-feira quando há tantos filmes brasileiros que não têm sido vistos por 3.000 pessoas", disse.


"Não por Acaso" tem estréia marcada para 7 de junho no circuito brasileiro. O filme conta uma história de perda e de afeto entre um jogador de sinuca (Santoro), sua namorada (Branca Messina) e uma inquilina (Letícia Sabatella); e um pai (Leonardo Medeiros) que começa a conviver com uma filha, de quem sempre se afastou (Rita Batata).


Ao comentar seu personagem, Pedro, um jogador de sinuca confrontado com a morte trágica da namorada (Branca Messina), Santoro contou em entrevista coletiva, na manhã de sábado, que aprendeu realmente a dominar o jogo. "Gosto de aprender mesmo, porque quero usar aquilo para sentir o personagem. Não deixa de ser um desafio", explicou.


Recentemente, o ator também aprendeu a tocar piano de verdade para interpretar um músico no ainda inédito "Os Desafinados", de Walter Lima Jr. No caso da sinuca, seu professor foi Renato da Mata, que aparece no filme numa sequência que mostra um campeonato. O ator contou que foi o diretor do filme, Philippe Barcinski, ex-estudante de Física, quem criou as "jogadas mirabolantes" que aparecem em cena.


Comparando os dois papéis, do jovem Neto, internado num hospício pelo próprio pai em "Bicho de Sete Cabeças", e o jogador Pedro, que tiveram por trás o preparador de elenco Sergio Pena, Santoro disse que agora se sente capaz de se aprofundar mais no personagem.


"Meu trabalho em 'Bicho de Sete Cabeças' teve que ser muito mais visceral. Lá, tanto o personagem como eu também éramos mais meninos. Hoje, com o Pedro, eu me sinto capaz de mergulhar mais com calma em sua maturidade", afirmou.


As premiações do festival serão anunciadas no domingo. "Cão Sem Dono", dos paulistas Beto Brant e Renato Ciasca, é o concorrente que encerra o evento na noite deste sábado.

Proibido Proibir - Dica para o final de semana


Sem grandes preocupações com a vida, a não ser seus estudos, o aluno de medicina Paulo é o oposto de seu melhor amigo Leon, de sociologia, com quem divide o apartamento e a paixão por Letícia, namorada deste. Os estudos movem os dois, mas enquanto Leon se preocupa com a condição social dos jovens de sua cidade, Paulo está mais ocupado em conseguir drogas que o mantenham desperto durante as aulas, já que seu lema é de que é Proibido Proibir.


É no Hospital Universitário que Paulo conhece Rosalina, uma paciente terminal que tem um último desejo: rever os filhos que nunca mais a visitaram.O jovem e seus amigos decidem ajudá-la, mas ao encontrar um de seus filhos, descobrem que ele presenciou o assassinato do irmão, e que por isso está sendo perseguido por policiais.


Ao mesmo tempo em que os três se envolvem no drama do garoto, Paulo e Letícia se aproximam mais, colocando em risco a amizade. As coisas se tornam ainda mais complicadas quando Leon vai sozinho à favela onde vivia Rosalina e acaba sendo baleado. Agora ele também sabe demais e será perseguido por policiais.


Sem possibilidade de ir ao hospital, caberá a Paulo salvar a vida do amigo ferido.Dirigido pelo chileno Jorge Durán, que vive no Brasil desde 1973, Proibido Proibir foi feito graças ao concurso de baixo orçamento do Ministério da Cultura, em 2003. Filmado em seis semanas, com R$ 1,2 milhão, o longa tenta mostrar uma parcela do Rio de Janeiro que não é vista comumente no cinema.


Além de revelar um pouco do mundo dos universitários brasileiros.

Festival de noticias!!


Irmãos Coen filmam faroeste


Depois de incursões em vários gêneros da Hollywood clássica, os irmãos Coen partem pela primeira vez para filmar um faroeste. Trata-se de No Country For Old Men, baseado na obra de Cormac McCarthy. No elenco, Tommy Lee Jones, Javier Bardem e Woody Harrelson. O filme é um dos mais cotados para a seleção do festival de Cannes, uma vez que os Coen já participaram seis vezes da competição, com uma Palma de Ouro e três prêmios de direção. Nos Estados Unidos, a estréia está prevista para junho


Baz Luhrmann filma épico


Depois da trilogia das cortinas vermelhas (Vem Dançar Comigo, Romeu + Julieta e Moulin Rouge), o australiano Baz Luhrmann volta à direção com seu primeiro épico. Batizado como Australia, o longa conta a história da relação entre uma herdeira inglesa e um vaqueiro, que atravessarão o país com dez mil cabeças de gado rumo à região de Darwin. O pano de fundo, o bombardeio deste local pelos japoneses, durante a Segunda Guerra Mundial. Nos papéis principais, Nicole Kidman e Hugh Jackman.


Festival de Toulouse homenageia Lázaro Ramos


O Festival de Toulouse deste ano homenageará o ator baiano Lázaro Ramos, dentro de uma mostra sobre o cinema afro-brasileiro. No mesmo festival também haverá retrospectiva do cineasta chileno Raul Ruiz e uma seleção de musicais latino-americanos. O evento acontece a partir de 16 de março.

Cabines FACES., O GUARDIÃO e MISS POTTER


Grupo Estação convida para cabines!!


Quinta, 19/04: FACES, de John Cassavetes, às 10h30, no Espaço de Cinema (RJ)


Sexta, 20/04 : O GUARDIÃO, de Rodrigo Moreno, às 10h30, no Espaço de Cinema (RJ)


Terça, 24/04: MISS POTTER, de Chris Nooman, às 10h30, no Espaço de Cinema (RJ)


Os 3 filmes estão previstos para sexta, 27 de abril no Rio de Janeiro.

Filmes no Estacao em Maio!


04 de maio - Ódiquê? , de Felipe Joffily (BR)


11 de maio - 20 centímetros, de Ramón Salazar (Espanha)


18 de maio - Um lugar na platéia, de Danièle Thompson (França)


25 de maio - Fabricando Tom Zé (BR)


Ódiquê? será lançado no RJ e em SP.


Em breve, estarao sendo marcadas as cabines.

Cabine ÓDIQUÊ?, de Felipe Joffily


Dia 30 de abril, às 10h30, no Espaço Unibanco, sala 1.


Estréia no dia 04.maio!


ÓDIQUÊ?, de Felipe Joffily, com Cauã Reymond, Alexandre Moretzsohn, Dudu Azevedo e Leonardo CarvalhoBrasil, 2004.


Três amigos de classe média precisam arrumar dinheiro para passar o carnaval na Bahia. Com a ajuda de um amigo de classe alta, eles acabam se envolvendo, durante uma noite, em uma eletrizante trama que envolve roubo e seqüestro. Desse momento em diante, desenha-se um fascinante e perigoso rascunho do comportamento dos jovens cariocas que caminham, assustadoramente tranqüilos, no limite entre a malandragem e a marginalidade.

domingo, 22 de abril de 2007

Estréia dia 4 de maio, Ó DIQUÊ, de Felipe Joffily


Estréia no dia 4 de Maio, no circuito RJ e SP, o filme Ódiquê?, primeiro longa-metragem do diretor Felipe Joffily. Cauã Reymond, Alexandre Moretzsohn, Leonardo Carvalho e Dudu Azevedo estrelam a história de jovens amigos da classe média carioca, que decidem arrumar dinheiro para viajar no carnaval e, sem medir conseqüências, envolvem-se numa noite violenta, de atos extremados e surpreendentes.

A história - que é contada em apenas um dia - retrata uma realidade atual, onde muitos jovens “bem-nascidos” convivem com assustador limiar entre a malandragem e a marginalidade. O elenco ainda conta com as participações especiais de Cássia Kiss e Henri Pagnocelli.

Ódiquê? é um antigo projeto de Felipe com o roteirista Gustavo Moretzsohn, e com o cineasta e professor de História nos Estados Unidos, Benvenuto Ferron. Os três se conheceram na New York University, em 95, e sonhavam fazer um trabalho juntos.

O roteiro, inspirado no filme francês "La Heine" (O ódio), de Matthieu Kassovitz, ficou pronto em 98 e, no ano seguinte, foi selecionado entre mais de 200 roteiros para o Laboratório do Sundance Film Festival, que na época contava com a participação de roteiros de filmes como "Cidade de Deus" e "O Invasor".

Ódiquê? foi captado em 35mm, durante 3 semanas que contaram com três meses de preparação e ensaios. As locações são todas reais, espalhadas por todo o Rio de Janeiro, respeitando as características naturalistas do filme e os aspectos sociais do tema. Finalizado em formato digital com correção de cores e marcação de luz em equipamentos de ultima geração, é um projeto independente, produzido sem leis de incentivo.

A intenção dos realizadores do projeto era produzir, com agilidade, um filme de qualidade e de custos proporcionais a realidade do nosso país. As partes envolvidas na produção são empresas e pessoas já estabelecidas na indústria, que dispõem de conhecimento e estrutura para a produção com autonomia até a cópia final.

"Ódiquê?" foi vencedor de dois prémios: Prêmio Oficial do Júri e Melhor Direção , ambos conquistados no Festival Internacional de Cinema Independente de Nova Iorque. Sobre o diretorFelipe Joffily é formado em Comunicação Social pela PUC do Rio de Janeiro e em Cinema pela NYU School of Film Video and Broadcasting.

Em NY, foi produtor e diretor de dois curtas-metragens intitulados “You know what im talking about” e “Next stop”. No Brasil, dirigiu e produziu o curta-metragem “Cana”, séries de tv, videoclipes e comerciais. Sobre os atores principaisCauã Reymond começou a carreira de modelo aos 8 anos e desfilou durante muito tempo em Nova York, Milão e Paris.

Na sequência, ele realizou cursos de interpretação e retornou ao Rio de Janeiro em 2001, para fazer parte do elenco de Malhação, tornando-se conhecido por seu personagem "Maumau". Logo depois, fez as novelas Da Cor do Pecado, Como uma Onda, Belíssima, e integrará o elenco da próxima das seis, Doce Magia.

Estréia agora no cinema em Ódiquê, como Tito.Dudu Azevedo nasceu em Niterói, e começou a carreira em 1995, com a série exibida pela Tv Cultura "Confissões de Adolescente". Ainda em tv participou das novelas Celebridade, Como uma onda e Cobras e Largatos. Atuou nos longas-metragens "Cazuza" e "1972" .

No filme Ódiquê? interpreta o personagem Duda. Leonardo Carvalho estréia no cinema com o filme "Ódiquê?" como Paulinho Tantan. Após a conclusão do filme, atuou na peça "O dia do Redentor", peça do premiado autor Bosco Brasil sobre os operários que construíram o Cristo Redentor. Alexandre Moretzsohn, estréia no cinema em Ódiquê?, como o personagem Monet.

Ficha técnica Cor / 35mm / 90min
Direção: Felipe Joffily
Roteiro: Gustavo Moretzsohn
Produção executiva: Tininho Fonseca
Direção de produção: Sheila Balassiano
Direção de fotografia: Marcelo Brasil
Som direto: Ivan Capeler
Elenco: Alexandre Moretzsohn, Cauã Reymond, Dudu Azevedo, Leonardo Carvalho, Cassia Kiss, Henri Pagnocellis e Amanda Bravo.
Distribuição: Filmes do Estação
Informações sobre o filme:
Filmes do Estação - 21 2266-9900
Liliam Hargreaves – formigas@estacaovirtual.com

sexta-feira, 20 de abril de 2007

Sessão popcorn para o final de semana


Hannibal - A Origem do Mal

Após presenciar a morte violenta de seus pais, Hannibal Lecter parte para Paris. Lá ele encontra o amor de uma viúva misteriosa e decide estudar Medicina. Dirigido por Peter Webber (Moça com Brinco de Pérola) e com Gong Li e Dominic West no elenco.




Motoqueiros Selvagens

Quatro motoqueiros tiram uma folga de seus trabalhos para partir numa viagem com suas motos, sem destino definido. Com John Travolta, Tim Allen, William H. Macy, Martin Lawrence, Ray Liotta e Marisa Tomei.




A Colheita do Mal

Uma mulher perde a fé após ver sua família ser brutalmente assassinada. Ela fica famosa por desmascarar possíveis fenômenos paranormais, o que a faz ser chamada para investigar os estranhos acontecimentos de uma pequena cidade. Dirigido por Stephen Hopkins (Perdidos no Espaço) e com Hilary Swank e Stephen Rea no elenco.




Batismo de Sangue

Um convento dominicano de São Paulo decide ajudar um grupo guerrilheiro, em plena ditadura militar brasileira. Dirigido por Helvécio Ratton (Menino Maluquinho) e com Caio Blat, Daniel de Oliveira, Ângelo Antônio, Marcélia Cartaxo e Cássio Gabus Mendes no elenco.




A Última Cartada

Um mágico é considerado o mascote não-oficial da máfia de Las Vegas mas, ao tentar ser um dos chefes, acaba expondo o grupo. Surge então o boato de que um chefe da máfia oferece US$ 1 milhão a quem matá-lo, o que atrai os assassinos da cidade. Dirigido por Joe Carnahan (Narc) e com Ben Affleck, Andy Garcia, Ray Liotta, Ryan Reynolds e Jeremy Piven no elenco.





Oscar Niemeyer - A Vida é um Sopro

Documentário sobre a vida e obra de Oscar Niemeyer, um dos principais arquitetos brasileiros, que completará 100 anos em dezembro de 2007.

Para ficar em casa: Machuca - Andrés Wood

quinta-feira, 19 de abril de 2007

Veteranos e novos talentos estão no 60º Festival de Cannes


Os americanos Quentin Tarantino e Gus Van Sant, o chinês Wong Kar Wai e o sérvio Emir Kusturica figuram entre os diretores que concorrerão à Palma de Ouro do 60º Festival de Cannes, de 16 a 27 de maio. No total, 22 filmes estão na mostra oficial competitiva. Metade dos diretores participarão pela primeira vez no prestigioso festival francês e terão como concorrentes grandes cineastas, entre eles alguns já premiados com a Palma de Ouro, como Kusturica, Van Sant, Tarantino e os irmãos Joel e Ethan Coen.


O chinês Wong Kar Wai, presidente do festival no ano passado, terá a honra de apresentar o filme de abertura, My blueberry night, que também concorre ao prêmio principal e conta com interpretações de Jude Law e da cantora americana Norah Jones, em sua estréia como atriz. O russo Alexandre Sokurov também figura na seleção com sua obra mais recente, Alexandra.


Tarantino, vencedor em 1994 com Pulp Fiction, volta ao festival com Death Proof, uma das partes de Grindhouse. Kusturica, que já conquistou duas Palmas de Ouro, exibirá Promise Me This. Van Sant, que saiu aclamado do festival em 2003 com Elefante, filme inspirado pelo massacre da escola Columbine, levará Paranoid Park a Cannes. Joel e Ethan Coen, que este ano disputam com No country for old men, já foram premiados em Cannes com melhor direção por O homem que não estava lá (2001), Fargo (1996) e Barton Fink-Delírios de Hollywood (1991), que também levou a Palma de Ouro.


Vários jovens diretores figuram pela primeira vez na seleção, como a iraniana Marjane Satrapi, os franceses Christophe Honoré e Julian Schnabe, o alemão Fatih Akin, o sul-coreano Lee Chang-dong e o romeno Cristian Mungiu.


O único latino-americano presente na principal mostra de Cannes é o mexicano Carlos Reygadas, com o filme Luz Silenciosa. Os filmes Calle Santa Fe da chilena Carmen Castillo e El Baño del Papa dos uruguaios Enrique Fernández e César Charlone foram selecionadas para a segunda mostra oficial do Festival de Cannes, Un Certain Regard. Interrogado sobre a escassa presença latino-americana nas mostras oficiais, o diretor artístico do festival, Thierry Frémaux, declarou que outros filmes do continente podem ser anunciados nos próximos dias.


Três diretores latino-americanos, o brasileiro Walter Sales, o mexicano Alejandro González Iñárritu e o chileno Raúl Ruiz, marcarão presença no filme coletivo produzido para celebrar os 60 anos do Festival, que conta com a participação de 35 cineastas. Entre os grandes nomes da produção especial estão Roman Polanski, Lars Von Trier e Wim Wenders, entre outros. "Para o aniversário, nós escolhemos uma mistura da herança com a modernidade, nomes conhecidos e sangue novo", disse Giles Jacob, presidente do festival, em uma entrevista coletiva.


O glamour do tapete vermelho estará garantido com as presenças de Brad Pitt, George Clooney, Julia Roberts, Catherine Zeta-Jones, Matt Damon, Al Pacino e Andy Garcia - todos aguardados para a pré-estréia de Treze Homens e um Novo Segredo, de Steven Soderbergh, que será exibido fora de competição. Outras estrelas presentes na Croisette serão o diretor Martin Scorsese, Jane Fonda, cujo pai Henry Fonda será homenageado, o vocalista do U2 Bono e o ator mexicano Gael García Bernal, "embaixador" da mostra paralela Semana Internacional da Crítica.


Michael Moore, que ganhou a Palma de Ouro em 2004 com o documentário Fahrenheit 9/11, retornará para exibir, fora de competição, Sicko, sobre o sistema de saúde americano. O britânico Michael Winterbottom levará a Cannes A Mighty Heart, sobre o assassinato do jornalista americano Daniel Pearl. O júri desta edição será presidido pelo cineasta britânico Stephen Frears, diretor do recente A Rainha. Entre os jurados estão as atrizes Maria de Medeiros e Maggie Cheung e o ator Michel Piccoli.


Abertura do festival:
My Blueberry Nights - Wong Kar Wai (China)



www.festival-cannes.fr

terça-feira, 17 de abril de 2007

Amanhã tem Cachaça Cine Club no Odeon BR!


Com a exibição dos curtas:
- Schenberguianas, 20', de Sergio Oliveira, William Cubits;
- Teoria da Paisagem, 3', de Roberto Bellini, 2005
- O Maior Espetáculo da Terra, 15', de Marcos Pimentel, 2005.
- A Última Fábrica, 8', de Felipe Nepomuceno, 2005,
- Chapeleiros, 24', de Adrian Cooper, 1983


Serviço:

Praça Floriano 07, Cinelândia
Preço Único (todas os dias): R$10,00
580 lugares

www.estacaovirtual.com.br

Grande Prêmio do Cinema Brasileiro será dia 22 no Copa


RIO - Nos moldes do Oscar, a 5ª edição do Grande Prêmio do Cinema Brasileiro será realizada no dia 22, às 19h30m, no Copacabana Palace. Oito longas-metragens de ficção e oito documentários disputam as láureas concedidas pela Academia do Cinema Brasileiro. A lista de concorrentes reúne filme lançados entre 2005 e 2006.

As ficções: "Árido movie", de Lírio Ferreira; "Bendito fruto", de Sérgio Goldenberg; "Casa de areia", de Andrucha Waddington; "Cidade Baixa", de Sérgio Machado; "Cinema, aspirinas e urubus", de Marcelo Gomes; "Crime delicado", de Beto Brant; "2 filhos de Francisco", de Breno Silveira; e "Se eu fosse você", de Daniel Filho.

Os documentários: "Coisa mais linda", de Paulo Thiago; "Doutores da alegria", de Mara Mourão; "Meninas", de Sandra Werneck; "Moacir arte bruta", de Walter Carvalho; "A pessoa é para o que nasce", de Roberto Berliner; "O fim e o princípio", de Eduardo Coutinho; "Soy Cuba", de Vicente Ferraz; e "Vinícius", de Miguel Faria Jr.

Para ficar em casa: Maldito Coração - Asia Argento

Divulgada programação do Cine PE 2007


Os cinéfilos do Recife e do Brasil já podem se programar para a décima primeira edição do Cine PE Festival do Audiovisual, que será realizada de 23 a 28 de abril no Cine-Teatro Guararapes. Ao todo, serão exibidos 52 filmes, sendo 23 curtas-metragens, 16 longas e 13 vídeos digitais. A programação do evento foi divulgada na noite desta terça-feira (10), em entrevista coletiva à imprensa com os produtores do evento Alfredo e Sandra Bertini.

Com expectativa de público de 30 mil pessoas, o Cine PE vai estrear com o documentário hors concours (fora de competição) O senhor do castelo, primeiro longa do diretor paraibano, Marcus Villar, em homenagem aos 80 anos do escritor Ariano Suassuna. Além dos filmes, o festival vai contar com mostras paralelas (Mostra Petrobrás/Cine PE na Estrada e Mostra de Filmes Abrindo Cabeças-O Ciclo do Cinema Novo), que já iniciam no dia 20 de abril, e seminários, com destaque para a arte do audiovisual como instrumento de reflexão.

Pernambuco estará representado na Mostra Competitiva de Longas com o documentário O Côco, a roda, o pneu e o farol, com direção de Mariana Fortes. Além deste, concorrem ao prêmio: Atabaques de Nzinga (RJ), dirigida por Octávio Bezerra; Cão sem dono (SP), de Beto Brant e Renato Ciasca; Não por acaso (SP), de Phillipe Barcinsky; 5 frações de uma quase história (MG), de Armando Mendz, Cris Azzi, Cristiano Abud, Guilherme Fiuza, Lucas Gontijo e Thales Bahia; O mundo em duas voltas, de David Schürmann (SP), e Os doze trabalhos (SP), de Ricardo Elias.

SERVIÇO:Cine PE Festival do AudiovisualDe 23 a 28 de abril, no Cine-Teatro Guararapes - Centro de ConvençõesIngresso: R$ 8 (inteira) e R$ 4 (meia), à venda nas lojas BR Mania (antecipados) ou no local (durante o evento, a partir das 17h).


www.cine-pe.com.br

A nova aventura de Homem Aranha estréia dia 4 de maio!


A vida de Peter Parker (Tobey Maguire) vai se complicar em ‘Homem-Aranha 3’. Além de enfrentar o Homem-Areia e o Novo Duende, ele terá pela frente o seu inimigo mais mortal dos quadrinhos: Venom. Com investimento de 250 milhões de dólares, o estúdio Columbia Pictures aposta nos efeitos especiais do filme para alcançar o sucesso que resultou no arrecadamento de 822 milhões de dólares com ‘Homem-Aranha’ (2002) e 783 milhões com ‘Homem-Aranha 2’ (2004).

Para interpretar o grande vilão — que além de Venom é o fotógrafo Eddie Brock — o diretor Sam Raimi escolheu Topher Grace, o Eric Forman da extinta série de sucesso ‘That ‘70s Show’. “Estava em uma reunião com produtores do filme e eu não sabia a razão de eu estar ali. O Sam (Raimi) começou a me contar a história de ‘Homem-Aranha 3’ e eu tive que perguntar o motivo. Até que ele esclareceu: ‘Queremos que você faça o Venom’. Tive que tentar manter a tranqüilidade sem ficar como um boboca de tanta felicidade”, relembra o ator.

Completamente diferente do visual adolescente e bom moço da
TV americana, Topher levou cinco horas no processo de transformação e criação do ser simbionte, de uniforme negro e com uma mandíbula desproporcional e assustadora. Foram quatro horas na maquiagem e uma só para vestir a roupa colada ao corpo, uma espécie de segunda pele. “A roupa era quente e demasiadamente claustrofóbica. E não tem zíper, então, você não podia nem ir ao banheiro! Este foi o maior desafio de ser um supervilão. Os dias eram longos, desafiantes e, às vezes, quando estava interpretando o Venom era desconfortável”, desabafa Grace, que passou nove meses na academia e ganhou 12 quilos muito bem distribuídos.

Apesar dos ‘sacrifícios’, para o
ator o resultado compensou: “No fim da tardes eu assistia à filmagem e dizia: ‘esta talvez foi a tomada mais legal que eu já vi’. Então, o importante foi o destino e não a jornada”. Além dos embates Homem-Aranha versus Venom, Eddie Brock é uma pedra no sapato de Peter Parker. “Ele é um cara muito parecido com o Peter em diversos aspectos. São fotógrafos concorrentes no jornal The Daily Bugle e também gostam das mesmas mulheres”, brinca Topher, que garante que a aparecência física dos dois é tanta que ele conta que já perdeu papéis para Tobey Maguire no passado. Fã dos quadrinhos de Stan Lee e das ilustrações de Todd MacFarlane desde criança, Topher Grace acredita que se apaixonou pelo homem-aranha pelo fato de Peter Parker ser um cara normal: “Ele tem problemas reais que eu me identificava quando era mais jovem. Sempre achei o Venom o mais marcante dos personagens”, finaliza o ator, que agora tem a chance de interpretá-lo em Hollywood.

terça-feira, 10 de abril de 2007

Resenha sobre Scoop - O Grande Furo, de Woody Allen





A mistura de comédia escrachada e investigação policial já rendeu a Woody Allen um de seus melhores filmes, Um Misterioso Assassinato em Manhattan, de 1993. Catorze anos depois, com Scoop – O Grande Furo, Allen traz de volta (novamente em Londres) os detetives amadores e atrapalhados em situações bem menos inspiradas, num filme mediano e que se contenta em ser somente agradável.


Um bom diálogo a cada 10 minutos e basta. No entanto, há tanta leveza nesta uma hora e meia que a conclusão inevitável é: mesmo em filmes fracos, Allen jamais aborrece. O primeiro motivo para essa afirmação é que ele foi lentamente baixando nossas expectativas a partir do fim dos anos 90. Seus filmes foram caindo em qualidade, e mesmo com ocasionais lapsos de brilhantismo (Match Point), o público não espera mais uma seqüência de obras como aquelas entre A Última Noite de Boris Gruschenko e Manhattan, ou entre Zelig e Hannah e Suas Irmãs. Estamos todos de guarda baixa.

Também conta muito o fato de que, desde os anos 70, Allen é figura que provoca inestimável simpatia. Trouxe para a frente da tela os problemas e inquietações sobre cinema, arte, literatura, e, acima de tudo, sobre relacionamentos, casamentos e separações. Transformando o celulóide em terapia, Allen garantiu identificação e afeto, como um amigo de longa data. Ao ponto de que hoje é fácil perdoar sua queda de produção.

Estabelecida essa boa vontade (reforçada pela presença de Allen não somente na pena e na cadeira de diretor, mas também no elenco), rimos provavelmente mais do que deveríamos com a historinha que movimenta o filme. O conceituado repórter Joe Strombel (Ian McShane) descobre uma pista do “serial killer do tarô” e aparece para a estudante de jornalismo americana Sondra Pronsky (Scarlett Johansson) para lhe passar o furo de reportagem.


A aparição aconteceu quando Sondra estava dentro de uma caixa, como voluntária de um número de Splendini, o mágico americano interpretado por Allen. Splendini (Sid Waterman é seu nome verdadeiro) e Sondra vão se aproximar do galante Peter Lyman (Hugh Jackman) com identidades falsas, para investigar se ele é mesmo o tal assassino. Não demora até que a estudante de jornalismo se apaixona pelo alvo da investigação.

Nessa base, as piadas vão se dividir em três grupos. O primeiro é definido pelas invenções de Splendini para tornar a identidade falsa da dupla (magnata do petróleo e sua filha) mais verossímil. A qualquer momento, Splendini começa a inventar histórias sobre bailes de fantasia nos Estados Unidos, ou problemas de aprendizado na infância de sua suposta filha.


Também há as situações-pastelão criadas pela investigação clandestina – o risco de ser pego a qualquer momento, as mentiras de improviso e o nervosismo eterno de Splendini e Sondra. O terceiro grupo contém as indefectíveis sacadas aleatórias de Allen, que poderiam estar em qualquer um de seus filmes. Quando menos se espera, vem uma piadinha que não tem muito a ver com o roteiro, mas está na tela e funciona.

O problema, se isso for mesmo um problema, é que nem mesmo a platéia já amaciada que vai um filme de Allen em última sessão consegue chegar àquela gargalhada que o diretor costumava provocar com um pé nas costas. O filme é engraçadinho, divertido, e deixa todo mundo em paz com a vida por 15 minutos, mas no geral, Allen cumpre tabela.


Nem tanto na direção, já que ele costuma fazer tudo do mesmo jeito, mas no roteiro, que é sub-elaborado. Com tanta oportunidade para fazer graça, o normal é esperar um crescendo a partir das piadas, mas isso nunca acontece. Nenhum momento se destaca muito.

Outro senão é que Allen não dispõe aqui daquilo que sempre foi sua válvula de escape quando não estava nos melhores dias – um elenco perfeito. Há ele mesmo fazendo o trivial, e um cast competente, mas longe do inspirado, talvez por diferença de tom entre a verve novaiorquina do diretor e o humor inglês a que esses atores provavelmente estão acostumados, baseado na ironia fina, tão sutil que às vezes nem se percebe.


Não é esse o tipo de humor do filme. Allen em Londres é o mesmo que filma em sua terra natal. De qualquer jeito, é no elenco onde está o maior enigma de Scoop: Scarlett Johansson. A atriz de 22 anos é dificílima de dirigir, e tem registro completamente diferente das grandes intérpretes com que Allen trabalhou na sua longa carreira.


Scarlett, nos seus melhores momentos, é sempre uma presença na tela à disposição de um diretor que consiga captar os diferentes estados de espírito que ela consegue projetar: solidão, em Encontros e Desencontros, tesão, em Moça Com Brinco de Pérola, angústia, em O Encantador de Cavalos.


Três filmes em que os diretores confiam sobretudo na sua expressão, no seu rosto, e não na sua habilidade com texto. Ou seja, não é atriz que renda muito com palavras. Ao contrário, é extremamente imagética, perfeita para a câmera e para o silêncio; dificilmente seria bem sucedida no palco.

Parece a pior escolha não somente para o estilo ultra-verborrágico dos roteiros allenianos (Match Point era exceção nesse sentido, mais clima e menos texto, e ela fez o serviço direitinho), como também para incorporar os maneirismos do diretor – gagueira, gesticulação, fala nervosa. A rigor, não é uma boa atuação – Johansson fica falsa até o último fio de cabelo, ao contrário de John Cusack e Kenneth Branagh, que já fizeram alter-egos de Allen.


Por outro lado, a atriz, mesmo sabotada por um modelo de interpretação que não consegue dar conta, acaba funcionando por um motivo improvável. Sua interpretação “ruim” acaba estranhamente casando bem com a personagem atrapalhada e sensual. Guardadas as proporções, o trabalho de Johansson fica parecendo uma versão atualizada do clichê da loura burra e terna de Marilyn Monroe.


Os óculos, em especial, podem trazer a agradável lembrança de Como Agarrar um Milionário. Ajuda muito perceber que ela se divertiu muito fazendo o filme – a alegria de voltar a atuar com Allen está toda na tela. Aliás, para fechar essa conversa, Allen dá um brinde aos mais cinéfilos. Como bem lembrou o crítico Luiz Carlos Merten, depois de negar veemente qualquer aproximação do anterior Match Point com Um Lugar ao Sol, de George Stevens (os roteiros são muito parecidos), Allen praticamente refaz o crime no lago que traça o destino de Montgomery Clift no clássico dos anos 50.


Descontraída e rapidamente, coloca no texto referências a jornalistas interpretadas por Rosalind Russell e Katharine Hepburn (brilhantes repórteres em Jejum de Amor e A Mulher do Dia, respectivamente, mas ele não cita nominalmente os filmes) em oposição ao personagem de Johansson. É neste tipo de detalhe que Allen vence mais uma batalha, mesmo pregando para convertidos.

Mostra ANALÓGICO DIGITAL no CCBB



O Centro Cultural Banco do Brasil apresenta bicicletas de belleville, lúcia e o sexo, fuckland, entreatos, caché, o mistério de oberwald, a festa nunca termina, waking life, curtas e outros, de 17 a 29 de abril.


Embora grande parte da produção cinematográfica mundial continue a ser em película, é cada vez maior a quantidade de obras rodadas em vídeo digital. A indefinição a respeito da transição completa a um modelo digital inspira várias reflexões: qual será o futuro da sétima arte? Analógico, digital ou a convergência de ambos?


Enquanto a resposta não vem, jovens realizadores aproveitam a economia proporcionada pelas novas tecnologias para lançar os primeiros filmes, e veteranos se apropriam delas para renovarem o repertório. Ambos os perfis são admitidos na mostra Analógico Digital, que acontece de 17 a 29 de abril no CCBB do Rio de Janeiro e depois segue para São Paulo e Brasília.


A mostra vai exibir 20 longas de diferentes nacionalidades e sete curtas brasileiros. Na programação, despontam sucessos de público e crítica como A Bruxa de Blair, Dançando no Escuro, Caché, a animação As Bicicletas de Belleville, os documentários Buena Vista Social Club, O Homem Urso, O Prisioneiro da Grade de Ferro e À Margem do Concreto, entre outros.


Destacam-se também duas raridades: Fuckland, do argentino José Luis Marqués Inconformado com a perda das Ilhas Falklands para os britânicos, vencedores da Guerra das Malvinas, jovem portenho decide repovoar o arquipélago de argentinos.


Por isso, tem que seduzir mulheres e fazer o máximo de filhos que puder. (inédito no circuito comercial brasileiro) e O Mistério de Oberwald, de Michelangelo Antonioni, um dos primeiros filmes rodados em vídeo e transferidos para película. Ambos serão exibidos em DVD, com sessões gratuitas. Os demais filmes da programação serão exibidos em 35mm.


Além de resumir o avanço histórico do cinema digital, estão programados desde o primeiro filme do Dogma 95 (Festa de Família) aos mais avançados exemplares, a lista abre espaço para mestres do porte de Jean-Luc Godard, Éric Rohmer, Wim Wenders e Lars von Trier. Há ainda casos como o de Michael Winterbottom, que há anos adotou o digital como padrão.


Os filmes:


1) A Bruxa de Blair (Daniel Myrick e Eduardo Sánchez, EUA, 1999)

2) A Festa Nunca Termina (Michael Winterbottom, Grã-Bretanha, 2002)

3) À Margem do Concreto (Evaldo Mocarzel, Brasil, 2005)

4) A Inglesa e o Duque (Éric Rohmer, França, 2001)

5) As Bicicletas de Belleville (Sylvain Chomet, França/Bélgica, 2003)

6) Buena Vista Social Club (Wim Wenders, Alemanha/Cuba, 1999)

7) Caché (Michael Haneke, França, 2005)

8) Dançando no Escuro (Lars von Trier, Dinamarca, 2000)

9) Elogio do Amor (Jean-Luc Godard, França, 2001)

10) Entreatos (João Moreira Salles, Brasil)

11) Festa de Família (Thomas Vinterberg, Dinamarca, 1998)

12) Fuckland (José Luis Marqués, Argentina, 2000)

13) Lúcia e o Sexo (Julio Medem, Espanha, 2001)

14) O Homem Urso (Werner Herzog, EUA, 2005)

15) O Mistério de Oberwald (Michelangelo Antonioni, 1981)

16) O Princípio e o Fim (Eduardo Coutinho, Brasil, 2005)

17) O Prisioneiro da Grade de Ferro (Paulo Sacramento, Brasil, 2003)

18) Os Idiotas (Lars von Trier, Dinamarca, 1998)

19) Sin City (Robert Rodriguez e Frank Miller, EUA, 2005)

20) Waking Life (Richard Linklater, EUA, 2001)


Um programa de sete curtas-metragens brasileiros vai complementar a programação da mostra: produzidos com diversos recursos digitais, da fotografia à animação 3D. Os filmes foram escolhidos pela pesquisa de linguagem que desenvolvem.


São eles:

1) A Lente e a Janela (Marcius Barbieri, DF, 2005)

2) A Menina do Algodão (Daniel Bandeira e Kleber Mendonça Filho, PE, 2002)

3) Memória sem Visão (Marco Valle, SP, 2006)

4) O Lobisomem e o Coronel (Ítalo Cajueiro e Elvis Kleber, DF, 2002)

5) Superfície (Jimi Figueiredo, DF, 2004)

6) Território Vermelho (Kiko Goifman, SP, 2004)

7) Trecho (Helvécio Marins Jr. e Clarissa Campolina, MG, 2006)


Concepção e curadoria: Gustavo Galvão

Produção executiva: Lavoro Produções Artísticas


Serviço Mostra Analógico Digital

17 a 29 de abril (Rio de Janeiro)

09 a 27 de maio (São Paulo)

29 de maio a 17 de junho (Brasília)

Rio de Janeiro

CCBB – Centro Cultural Banco do Brasil - Sala de cinema.

Av Primeiro de Março, 66

Ingressos: R$ 6,00 / R$3,00...M

Informações - 2286 6336 / 9136 0941 ou COMPAREÇA AO LOCAL, muitas novidades você´irá descobrir e vai querer dormir no cinema!!

quarta-feira, 4 de abril de 2007

Saiba quais são os filmes mais esperados de 2007


Com o estouro de bilheteria de 300 nos cinemas, os estúdios começam a apostar em seus grandes sucessos para 2007. Na corrida para atrair os espectadores às salas e conseguir os tão aguardados lucros anuais, produções são anunciadas, geralmente "carregadas" de grandes astros e efeitos especiais equivalentes para atrair a atenção do público.


Entre maio e agosto é que as estréias mais "quentes" acontecem nos Estados Unidos, por dois fatores: o verão e as férias escolares. É nesta época também que os norte-americanos ganham extras no trabalho, o que possibilita o alto investimento em lazer.


Para os filmes que estréiam apenas na TV, a melhor época acontece em setembro, novembro e dezembro, quando o frio aponta na América do Norte e as pessoas costumam ficar em casa na frente do aparelho. É por isso que as emissoras também lançam novas temporadas de seus seriados neste período.


A revista Premiere fechou sua última edição com uma prévia dos possíveis grandes sucessos das bilheterias deste ano. Conheça cada um deles:


» Homem-Aranha 3

Direção: Sam Raimi - Elenco: Tobey Maguire, Kirsten Dunst, Bryce Dallas Howard.


Não é de se deslumbrar que Homem-Aranha 3 seja uma das estréias mais esperadas do ano e, se depender da Sony, a divulgação do longa-metragem deve "invadir" grandes cidades como Nova York, Paris, Tóquio e até São Paulo e Rio de Janeiro.


O possível último filme da franquia vai mostrar a batalha de Peter Parker (Tobey Maguire) contra sua própria consciência, uma vez que ele passa a enfrentar as conseqüências de seus heroísmos. Para piorar a situação do Aranha, quatro inimigos o aguardam na trama: Homem-Areia, Duende Verde e o maléfico Venom.


» Os Simpsons - O Filme

Direção: David Silverman - Elenco (vozes): Dan Castellaneta, Julie Kavner, Nancy Cartwright, Yeardley Smith.


Há 14 anos na TV, Os Simpsons é um grande sucesso comercial e suas histórias se renovam a cada ano, abordando informalmente temas sociais e fazendo críticas cotidianas.


Com o filme, que será lançado em julho nos Estados Unidos e agosto no Brasil, o criador Matt Groening quer ir além e mostrar histórias mais picantes, revolucionárias e ainda mais ácidas, sempre com ironias políticas. A trama central ainda é uma incógnita, mas o que se sabe é que o atrapalhado Homer Simpson não será o grande herói da produção.


"Vamos focar nosso roteiro na família Simpson e seus relacionamentos", disse Groening em uma feira de cinema.


» Harry Potter e a Ordem da Fênix

Direção: David Yates - Elenco: Daniel Radcliffe, Emma Watson, Rupert Grint, Michael Gambon, Alan Rickman, Gary Oldman, Ralph Fiennes.


Quem lê os romances de J.K. Rowling percebe que Harry Potter cresce a cada ano, assim como suas histórias, que ganham maturidade e uma atmosfera cada vez mais sombria. A versão para os cinemas de Harry Potter e a Ordem da Fênix não vai fugir deste conceito e promete, entre outros recordes, atrair mais uma vez os jovens às salas.


Desta vez, o bruxo adolescente tem que enfrentar a humilhação pública quando o mundo mágico começa a duvidar que ele já enfrentou o bruxo das trevas Lord Voldemort. À medida que as pessoas acreditam que Harry está criando uma lenda, Voldemort prossegue com seus planos, fazendo com que a aventura termine em um final trágico.


» Grindhouse

Direção: Quentin Tarantino, Robert Rodriguez - Elenco: Kurt Russell, Rose McGowan, Freddy Rodriguez, Rosario Dawson, Marley Shelton, Naveen Andrews.


Amigos de longa data, dois dos os cineastas mais conceituados de Hollywood, Quentin Tarantino, 43 anos, e Robert Rodriguez, 38, homenageiam os filmes de horror da década de 70 em Grindhouse. O projeto é ousado: são dois filmes, cada um com histórias paralelas, que serão exibidos em uma mesma sessão.


A idéia é fazer com que a produção se torne um clássico e passe a fazer parte da "biblioteca de títulos" nas madrugadas de cinema com os amigos, hábito que os dois cineastas ainda não perderam.


» Tá Dando Onda

Direção: Ash Brannon, Chris Buck. Elenco (vozes): Jeff Bridges, Sha LaBeouf, Zooey Deschanel, Jon Heder.


Depois de Happy Feet a Sony Pictures aposta em pingüins surfistas em sua nova animação, Tá Dando Onda (Surf's Up), com estréia prevista para junho de 2007 nos Estados Unidos e Canadá. Na trama, uma equipe de documentaristas registra os bastidores do mais competitivo e perigoso campeonato mundial de surfe de pingüins.


» Transformers

Direção: Michael Bay - Elenco: Shia LaBeouf, Megan Fox, Josh Duhamel.


O filme é a versão cinematográfica de um famoso desenho animado dos anos 80 e marca a volta do diretor Michael Bay, depois do fracassado A Ilha. Na trama, carros e outros veículos se tornam robôs gigantes com potencial de destruição inimaginável.


A proposta é forte e deve atrair, principalmente, os fãs de ficção científica, que já aguardam a produção com ansiedade.


» Hannibal: Por Trás da Máscara

Direção: Peter Webber - Elenco: Gaspard Ulliel, Gong Li.


Hannibal Lecter está de volta aos cinemas, mas desta vez, sem a atuação de Anthony Hopkins. O ator deixa seu legado por conta do novato Gaspard Ulliel, que tem a difícil missão de interpretar o psicopata canibal quando ele ainda era um adolescente.


A grande diferença em relação aos outros filmes é que esse busca mostrar o que realmente se passa na mente do jovem. A história da morte de seus pais, cujo assassino será interpretado por Rhys Ifans, também será focada. A idéia é mostrar todos os pequenos detalhes que o transformaram em um dos homens mais temidos do mundo.


Até suas aulas de sofisticação com a japonesa Lady Murasaki (interpretada por Li Going) entram em destaque na produção.


» 13 Homens e um novo Segredo

Direção: Steven Soderbergh - Elenco: George Clooney, Matt Damon, Brad Pitt, Andy Garcia, Al Pacino.


Vista como uma das maiores apostas do ano, a produção é mais uma vez dirigida por Steven Soderbergh e não usa as mulheres como ponto forte. Aqui, os "holofotes" são voltados para astros absolutos de Hollywood como Brad Pitt, George Clooney, Matt Damon, Don Cheadle e Andy Garcia.


Na trama, Danny Ocean (George Clooney) está de volta com seu grupo de assaltantes. Desta vez, ele tenta se vingar de Willie Banks (Al Pacino), o poderoso dono de um cassino em Las Vegas que enganou um de seus melhores amigos, o velho Reuben Tishkoff.


Como parte de um plano mirabolante, Ocean decide fazer com que cada jogador do estabelecimento ganhe dinheiro em poucos minutos, levando Banks à falência. A tarefa, porém, é mais difícil do que se imagina e muita ação aguarda os onze homens da trama.


13 Homens e um novo segredo estréia nos cinemas americanos no dia 08 de junho de 2007.


» Shrek 3

Direção: Chris Miller, Raman Hui - Elenco (vozes): Mike Myers, Eddie Murphy, Cameron Diaz.


A versão brasileira de Shrek 3 chega com uma ausência notada: o herói-ogro não terá mais a voz do ator Bussunda, que morreu em junho do ano passado, vítima de um infarto. Desta vez, quem interpreta o protagonista é um dublador profissional, cujo nome ainda não foi divulgado pela assessoria da Paramount Pictures.


Para voltar a viver em seu pântano com a mulher Fiona, Shrek precisa convencer o futuro rei Arthur a assumir o trono deixado pelo Rei Harold, que se tornou um sapo após um feitiço.


Fiona, por sua vez, que está completamente sozinha no reino de Tão, Tão Distante, tenta aplicar um golpe de estado usando vilões de contos de fadas como seus comparsas.


» Piratas do Caribe: No fim do mundo

Direção: Gore Verbinski - Elenco: Johnny Depp, Keira Knightley, Orlando Bloon, Geoffrey Rush e Chow Yun-Fat.


Último filme da franquia. O Lorde Cutler Beckett (Tom Hollander) e sua Companhia das Índias Orientais assumiram o controle do navio fantasma Flying Dutchman. Sob o comando do almirante James Norrington (Jack Davenport), eles saem por aí matando piratas.


Para salvar a pele dos que restam, Will Turner (Orlando Bloom), Elizabeth Swann (Keira Knightley) e o capitão Barbossa (Geofrey Rush) precisam reunir os Nove Lordes da Corte da Irmandade para tentar derrotar Beckett. O último que falta é Jack Sparrow (Johnny Depp), que está preso no baú de Davy Jones (Bill Nighy).


Para salvar Sparrow, eles viajam até Cingapura e enfrentam o pirata Sao Feng (Chow Yun-Fat) para recuperar os mapas que os levarão ao fim do mundo, onde está o último dos nobres.



» A Mighty Heart

Direção: Michael WinterbottomElenco: Angelina Jolie, Dan Futterman.


Quando Angelina Jolie começou a filmar A Mighty Heart, havia acabado de dar à luz a Shiloh Nouvel na Namíbia e por isso os holofotes estavam todos voltados a ela. Baseado no livro Coração Valoroso, o filme conta a história do jornalista Daniel Pearl, assassinado no Paquistão em 2002.


A produção foi rodada inicialmente na Índia com um forte esquema de segurança, para evitar possíveis ataques terroristas.

Sexta da paixão tem MARATONA no Odeon BR com bolo e café!!


Sexta, 6 de abril, a partir das 23h no Odeon BR, rola abertura do cinema às 23h com a programação abaixo:


23h20 - INFERNO (L'Enfer) de Danis Tanovic.

Com Emmanuelle Béart, Karin Viard, Guillaume Canet, Jacques Perrin, Carole Bouquet Roteiro de Krzysztof Kieslowski.

Do mesmo Diretor de TERRA DE NINGUÉM (Oscar de Melhor Filme em Língua Estrangeira de 2000).


Sophie, Céline e Anne são irmãs. Sophie, a mais velha, mora com o marido em Paris. A caçula Anne estuda arquitetura e mantém uma relação passional com seu professor, Fréderic. Céline é solteira e vive para cuidar da mãe inválida, até que um misterioso homem surge em sua vida.

Um incidente ocorrido na infância das três fará com que elas se reúnam para discutir o passado. Inspirado em Inferno, de Dante, o roteiro é parte de uma trilogia planejada pelo roteirista Krzysztof Piesiewicz e o cineasta Krzysztof Kieslowski, que não foi realizada devido à morte do cineasta em 1996.

Paraíso (Heaven), o primeiro filme da trilogia, foi dirigido pelo alemão Tom Tykwer, em 2001.

França / Itália / Bélgica / Japão, 2005. 102 min. 16 anos.


Lounge com o Dj Jorge Luiz.


2h15 min - SUNSHINE – ALERTA SOLAR (Sunshine) de Danny Boyle.

Com Chris Evans, Cillian Murphy, Rose Byrne, Michelle Yeoh, Cliff Curtis.

Do mesmo Diretor de: Caiu do céu (Millions); Extermínio (28 days later); A praia (The Beach); Por uma vida menos ordinária (A life less ordinary); Trainspotting - Sem Limites (Trainspotting); Cova rasa (Shallow grave). Em um futuro próximo, o Sol está se extinguindo.


Conseqüentemente, a vida na Terra também. Um grupo de astronautas é enviado ao “astro rei” para tentar salvá-lo, mas a missão falha. Sete anos mais tarde, outra equipe é enviada ao Sol com o mesmo objetivo, carregando a responsabilidade de ser a última esperança do planeta.2007.


Reino Unido 108 min. 16 anos / Ficção Científica.


Lounge com o Dj Jorge Luiz .


4h45 - MARIA (Mary) de Abel Ferrara.

Com Juliette Binoche, Forest Whitaker, Matthew Modine, Heather Graham, Marion Cotillard.


4 Prêmios no Festival de Veneza 200, inclusive o Grande Prêmio do Júri. Do mesmo Diretor de: "O Rei de Nova York"( King Of New York); "Vício Frenético" ( Bad Lieutenant); "Invasores de Corpos" ( Body Snatchers), "Olhos de Serpente" ( Snake Eyes ou Dangerous Game), "Os Chefões" (The Funeral); "Blackout" (idem); "Enigma do Poder" (New Rose Hotel)O filme mostra três personagens cujos destinos são ligados pela figura mítica de Maria Madalena (Juliette Binoche).


Um deles é Tony Childress (Matthew Modine), um egoísta e obsessivo ator e diretor que interpretará Jesus Cristo no filme This is My Blood, de sua própria autoria. Quando as filmagens se complica, a protagonista, Marie Palesi (Juliette Binoche), é abandonada sozinha em Jerusalém, o que dá início a uma longa jornada pessoal da atriz em busca da iluminação espiritual.


Enquanto isso, em Nova York, o jornalista Ted Younger (Forest Whitaker) embarca numa viagem espiritual para produzir um documentário sobre Jesus Cristo, mas acaba sendo alvo de religiosos extremistas.Itália/ França/ EUA / 83 min. 14 anos. 2005.



Bolo e café !!


Maratona é sexta no Odeon Br, 6 de abril a partir das 23h.


Ingresso: R$20,00 no Odeon BR


Pça Floriano, 7, Cinelândia.


Mais informações: Liliam H. 2286 6336 / 2266 9900

MANHÃ NO MAR e ELEVADO 3.5 SÃO OS VENCEDORES DO É TUDO VERDADE 2007




Documentário brasileiro recebe o Prêmio CPFL Energia/É Tudo Verdade no valor de R$ 100.000,00 (cem mil reais).


Principal evento dedicado à cultura do documentário na América Latina, o É TUDO VERDADE – FESTIVAL INTERNACIONAL DE DOCUMENTÁRIOS divulgou na noite do sábado, 31 de março, os vencedores de sua 12ª edição. Na competição internacional de longas, concorreram 14 títulos, enquanto na brasileira foram sete finalistas.

Em curtas-metragens, onze obras internacionais e oito nacionais disputaram os prêmios. Na programação geral (SP 22/03 a 1/04 – Rio 23/03 a 01/04) foram exibidos 141 títulos, em catorze salas: sete em São Paulo - CineSesc, Centro Cultural Banco do Brasil, Itaú Cultural, Centro Cultural São Paulo, Cinusp, Cinemark Eldorado e na Comunidade de Heliópolis - e sete no Rio de Janeiro - Centro Cultural Banco do Brasil (sala de cinema e sala de vídeo), Cine Odeon BR, Centro Cultural da Justiça Federal, Oi!Futuro, Ponto Cine e Memorial Getúlio Vargas.

O Melhor Documentário da Competição Internacional de longa-metragem é “Manhã no Mar”, de Ines Thomsen (Alemanha/ Espanha, 2006). O filme sobre três idosos que não dispensam visitas ao mar, mesmo no inverno de Barcelona, ganha o Troféu É Tudo Verdade e um prêmio no valor de R$ 15.000,00.


As duas Menções Honrosas foram atribuídas a “O Mosteiro”, de Pernille Rose Gronkjaer (Dinamarca, 2006), e “Perdedores e Ganhadores”, de Michael Loeken e Ulrike Franke (Alemanha, 2006). Dirigido por João Sodré, Maíra Bühler e Paulo Pastorelo, “Elevado 3.5” (Brasil/SP, 2006) é o grande vencedor da Competição Brasileira de longa e média-metragem.

O documentário, que retrata o mundo de pessoas que cruzam os 3.5 km do Minhocão, via expressa construída na região central de São Paulo, recebe o Troféu É Tudo Verdade e o prêmio CPFL Energia/É Tudo Verdade “Janela para o Contemporâneo”, no valor de R$ 100.000,00. É a maior premiação em festivais nacionais, desvinculada de compromissos com distribuição.

As Menções Honrosas foram conferidas aos filmes “Nas Terras do Bem-Virá”, de Alexandre Rampazzo (Brasil/SP, 2006), e “O Longo Amanhecer – Cinebiografia de Celso Furtado”, de José Mariani (Brasil/RJ, 2006).


O Filme “Meus Olhos”, de Erlend E. Mo (Dinamarca, 2006), recebe o prêmio de Melhor Curta-Metragem da Competição Internacional, enquanto “Capistrano no Quilo”, de Firmino Holanda (Brasil/CE, 2006) é eleito o Melhor Curta-Metragem da Competição Brasileira. Ambos recebem o Troféu É Tudo Verdade e R$ 6.000,00. Já a Menção Honrosa ficou com “Falta-me”, da diretora portuguesa Claudia Varejão (Portugal, 2005).

O júri internacional do É Tudo Verdade 2006 foi formado pelo crítico alemão Bruno Fischli (Alemanha), pela especialista no mercado cinematográfico asiático Asako Fujioka (Japão) e pelo pensador e documentarista Jay Rosenblatt (EUA).

O júri brasileiro, por sua vez, foi constituído pelo cineasta José Joffily, pela professora da Escola de Comunicações e Artes da USP Maria Dora Mourão e pelo videoartista e documentarista Carlos Nader. PRÊMIOS PARALELOS O recém-criado Prêmio Embaixada da França para o melhor documentário de estréia de longa ou média metragem selecionado para o festival (mostras competitivas e informativas) ficou com “Elevado 3.5”, dos diretores João Sodré, Maíra Bühler e Paulo Pastorelo, que participarão, como convidados, de um destacado festival internacional de documentários na França.


O curta-metragem “O Homem da Árvore”, de Paula Mercedes, leva o Prêmio Aquisição Canal Brasil no valor de R$ 5.000,00. Já o Troféu ABD-SP (Associação Brasileira de Documentaristas) e Megacolor foi conquistado pelo curta “Hibakusha: Herdeiros Atômicos no Brasil”, de Mauricio Kinoshita (Brasil/SP,2006).

Fundado e dirigido pelo crítico de cinema Amir Labaki, o É TUDO VERDADE 12º FESTIVAL INTERNACIONAL DE DOCUMENTÁRIOS é uma realização da Petrobras, CPFL Energia, Centro Cultural Banco do Brasil, Sesc-SP, Oi Futuro, Itaú Cultural, Riofilme, Secretaria de Estado da Cultura de São Paulo, Secretaria Municipal de Cultura de São Paulo e Cinemark, com apoio do Ministério da Cultura, por meio da Lei 8.313/91 (Lei Rouanet).


Direção: Amir Labaki

São Paulo: de 22 de março a 1 de abril

Rio de Janeiro: de 23 de março a 1 de abril

Brasília: de 3 a 15 de abril

Campinas: de 9 a 15 de abril

Porto Alegre: de 23 a 29 de abril


Confira:

‘Cartola’ traz sambista como principal narrador de sua fascinante história


Rio - Ao lado de Dona Zica, na porta do barraco, Cartola chega a puxar a navalha, mas é atingido pelos tiros do algoz. A rápida cena, ‘flash’ entre ficção e realidade e trecho do filme ‘Os Marginais’ (1968), é simbólica no farto acervo audiovisual reunido no longa ‘Cartola — Música para os Olhos’, de Lírio Ferreira e Hilton Lacerda.



O filme estréia sexta-feira nos cinemas e conta, sob a ótica do samba, a história do Brasil no século 20, tempo onde viveu Angenor de Oliveira, o Cartola (1908-1980), gênio e enigma dos morros cariocas, considerado pela nata do samba como o maior compositor do gênero.



“Não quis decifrar Cartola, mas desnudar figura interessantíssima e nunca visitada pelo cinema . A relação do compositor com seu tempo, como se tornou um ícone da cultura popular brasileira”, diz Lírio Ferreira.



Partindo do simbolismo do ano de 1908, quando morre o escritor Machado de Assis e nasce o músico Cartola — a transição de uma cultura ‘acadêmica’ para outra ‘popular’ —, os diretores utilizam depoimentos curtos e certeiros de gente como os compositores Elton Medeiros e Nelson Sargento, a cantora Beth Carvalho e a neta de Cartola, Nilcemar, e deixam o homenageado, em pessoa, cantar e falar de sua vida através de um baú de imagens raras.



“Usamos todos os mecanismos possíveis para fazer Cartola contar sua história”, diz Lírio. O projeto do filme consumiu oito anos, desde que ele e Hilton Lacerda foram convidados por um instituto cultural para pesquisar a vida de Cartola.



Se a trajetória do compositor simboliza a de outros sambistas de seu tempo, sua vida aprofunda o drama e aumenta a importância do músico que foi pedreiro, sorveteiro, dono de bar e funcionário público, gravando seu primeiro disco aos 66 anos, em 1974, ao ser ‘redescoberto’ em oficina mecânica pelo jornalista Sérgio Porto.



No painel de imagens de ‘Cartola’, os diretores utilizaram cenas de 34 filmes nacionais — de ‘Rio Zona Norte’, de Nelson Pereira dos Santos, e ‘Terra em Transe’, de Glauber Rocha, a ‘Garota de Ipanema’, de Leon Hirzman. Há também cenas de Cartola à vontade na Mangueira, de seu último desfile pela escola e imagens do compositor servindo café ao ministro, como contínuo do Ministério da Indústria e Comércio, na década de 50.


No encontro com o pai, Cartola toca para ele ‘O Mundo É Um Moinho’ e, ao lado de Dona Zica, canta ‘Nós Dois’, que fez para ela. Perto do fim do filme (e da vida), Cartola subverte pela última vez as expectativas, ao ser abordado por uma repórter na saída do hospital onde ele se tratava de câncer: “E aí, Cartola, pronto para o próximo Carnaval?”, pergunta a repórter, empolgada. E Cartola, mansamente: “Não, para mim chega. Acabou”.



O maior do mundo?



O legado musical de Cartola encanta sambistas de diferentes gerações, e todos costumam reverenciá-lo como a um mestre. “Fui descobrir Cartola já nos anos 80, quando ouvi ‘Autonomia’, aquela tensão harmônica incrível. Em 1930, o Villa-Lobos levou o Walt Disney no morro para conhecê-lo, imagine”, diz Moacyr Luz.



O mestre Paulão Sete Cordas, arranjador mais requisitado no samba carioca, que chegou a tocar com Cartola, afirma: “Não gosto de falar que fulano é o melhor, mas é difícil encontrar alguém como Cartola. Suas melodias acompanham a intenção da letra, os acordes vão onde você não espera. Quando tentam rearmonizar suas músicas, fica ruim”, diz.



E o veterano Monarco, da Portela, elogia o músico que conheceu de perto: ‘Os sambistas da Portela tiravam o chapéu para o Cartola. Lembro dele me contando que vendia sambas para o Mário Reis e o Francisco Alves. Foi o maior compositor do mundo, nem sei o que dizer”, comenta Monarco.



O filme terá pré-estréia para convidados, nesta quarta-feira, às 21h, no Odeon BR.

Caio Blat vive frei torturado em 'Batismo de Sangue'


Após o sucesso de 'O Ano Em Que Meus Pais Saíram de Férias' (2006), Caio Blat volta aos cinemas na pele de Frei Tito, que sofreu torturas por ser contra a ditadura militar. 'Batismo de Sangue', de Helvécio Ratton, mostra os anos de exílio do religioso.


Daniel de Oliveira também está no elenco do filme e vive, pela quarta vez, um personagem real. O intérprete de Cazuza, Stuart Angel ('Zuzu Angel') e Santos Dumont , vive Frei Betto, autor do livro de memórias homônimo, cujo longa foi livremente baseado.

Na história, um convento dos frades dominicanos, movidos por ideais cristãos, passam a apoiar o grupo guerrilheiro Ação Libertadora Nacional, comandado por Carlos Marighella. Neste grupo estão os freis Betto (Daniel de Oliveira), Oswaldo (Ângelo Antônio), Fernando (Léo Quintão), Ivo (Odilon Esteves) e Tito (Caio Blat).

Frei Betto segue para um convento no sul do Brasil, onde ajuda perseguidos políticos a passarem pela fronteira. Vigiados pela polícia, Frei Fernando e Frei Ivo acabam presos e torturados. O convento é invadido, Frei Tito é preso. Em Porto Alegre, Frei Betto também é preso e os dominicanos são transferidos para um presídio em SP.

Frei Tito é interrogado e sofre terríveis torturas. Meses depois, um grupo guerrilheiro seqüestra o embaixador suíço no Brasil, exigindo a libertação de setenta presos, entre eles Frei Tito. Contra sua vontade, Frei Tito é mandado para o exílio e vai viver na França.

Mesmo longe do Brasil, Tito não consegue ficar livre de seus carrascos. Por onde passa, acredita estar sendo vigiado e ameaçado. Com intuito de pôr fim ao seu martírio e se livrar de seus perseguidores, Frei Tito comete suicídio.