Histórias reais de diversas partes do mundo, contadas de diversas maneiras, estão ao alcance do espectador no festival de documentários “É tudo verdade”, em cartaz até domingo no Rio e em São Paulo. Um artista que escolhe as galerias subterrâneas do Rio Tietê como espaço para a arte e a guerra e as visões de um menino são alguns dos temas que ganham as telas no festival, este ano, com 141 filmes, entre produções nacionais e estrangeiras.
O diretor e fundador do festival, Amir Labacki, diz que “as pessoas achavam que o documentário trazia a verdade absoluta, com a voz de Deus apresentando para ela. Quando você fala ‘É tudo verdade’, você mostra a multiplicidade das verdades".
O festival também promove mostras paralelas, uma delas,"Estado das Coisas", seleção de filmes de países diversos. documentários resgatam fatos que tiveram grande repercursão no noticiário mundial nos últimos anos, sempre com a promessa de contar a história sob um olhar original.
Um dos filmes, "Atentado as torres gêmeas", mostra, após seis anos do atentado de 11 de setembro, o olhar de seis mulheres que perderam os maridos. Outro trabalho interessante trata da tragédia da família de Michelle Basselet, presidente do Chile, em seu país. Já o curta "Pixinguinha e a Velha Guarda do Samba", traz imagens raras recuperadas cinqüenta anos depois.
A abertura da mostra “É Tudo Verdade” contou com presenças ilustres do cinema, como Sandra Werneck, Lúcia Murat, com o jornalista Zuenir Ventura e o secretário de Cultura, Luís Paulo Conde. Todos fãs de documentários, estavam ansiosos para assistir à abertura do festival, com o filme do cineasta João Moreira Salles, "Santiago".
Esta saudável combinação. O evento propiciou também um saudável encontro entre cineastas consagrados e jovens revelações. A novata Martina Rupp, por exemplo concorreu e ganhou espaço na categoria 'Foco Latino Americano", com seu primeiro documentário "Caroneiros", contando a história de dois fusquinhas que percorrem diversas cidades descobrindo um pouco da identidade latino-americana.
Hoje, um terço das estréias nacionais são documentários, e o festival não apenas lança uma nova safra de filmes e de documentaristas, o que é mais um sinal de vigor. Andrucha Waddington, Vladimir Carvalho e Mathias Mariani realizam hoje no Odeon um debate sobre o tema "documentários" às 19h.
Confira a programação: www.etudoverdade.com.br
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